Divulgados os vencedores do Prêmio Museu

A 1.ª edição do Prêmio Masp Mercedes-Benz de Artes Visuais concedeu R$ 200 mil ao vencedor

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Por Camila Molina - O Estado de S.Paulo
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A artista Anna Maria Maiolino foi anunciada vencedora do 1.º Prêmio Masp Mercedes-Benz de Artes Visuais, que concederá R$ 200 mil à criadora. Além dela, Paulo Nazareth foi premiado como talento emergente e receberá R$ 60 mil. O museu vai promover em novembro uma mostra com os dois escolhidos. A 1.ª edição do prêmio teve júri formado pelo diretor da Tate Modern de Londres, Chris Dercon; pelos curadores José Roca (da Bienal do Mercosul de 2011), Moacir dos Anjos (da Bienal de São Paulo de 2010), e Paulo Herkenhoff (da Bienal de São Paulo de 1998); e por Teixeira Coelho, curador do Masp. Eles se reuniram em São Paulo na semana passada para definir os vencedores. A consagrada Anna Maria Maiolino participa, este ano, da Documenta 13 de Kassel, uma das principais mostras de arte do mundo, a ser inaugurada em junho. "Sua obra se desenvolve na exploração da relação entre o sujeito e o objeto, dualismo que se completa frequentemente com um terceiro elemento: o abjeto, manifesto em suas preocupações com o corpo, o alimento e o excremento. Orienta-se para construção da subjetividade, tema elaborado, não raramente, a contrapelo das tendências artísticas do momento. Não deixou, porém, de manifestar-se sobre o contexto social e a situação política do Brasil sob os anos da ditadura", afirma Teixeira Coelho em texto. Em 2010, Anna Maria Maiolino, nascida na Itália em 1942 e que se radicou no Brasil nos anos 60, exibiu grande retrospectiva de sua obra na Fundação Tàpies de Barcelona, na Espanha. A mostra originou um livro, que será editado em português pela Cosac Naify. Já sobre Paulo Nazareth, que nasceu em 1977 em Governador Valadares, Minas Gerais, chamou a atenção do júri, segundo Teixeira Coelho, o fato de o artista criar uma obra que "concentra-se na exploração das relações entre o indivíduo e o meio que o envolve, na perspectiva social, político e artística". Os jurados ainda ressaltaram que tanto Anna Maria quanto Nazareth "apresentam obras que são altamente autobiográficas ao mesmo tempo em que conseguem combinar uma biopolítica e uma poesia visual de forma excelsa".

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