Discos dos dois estão entre os 500 melhores

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Por Antonio Gonçalves Filho
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Buckley escolhia com critério o repertório. Em Grace ele faz três covers. Além de Britten, há um grande sucesso de Nina Simone, Lilac Wine, e Halleluyah, do canadense Leonard Cohen, que a Rolling Stone incluiu entre as 500 melhores canções de todos os tempos (a mesma revista elegeu Grace entre seus 500 melhores discos da história). As outras sete composições são todas suas, sendo as mais conhecidas Mojo Pin, Grace e Last Goodbye. Ouvir Halleluyah com Buckley é como chegar ao Paraíso sem escalas. Além de Grace, o único gravado em estúdio, outros discos de Buckley podem ser encomendados nas lojas importadoras: Live at Sin-é (1993), gravado ao vivo no café irlandês do mesmo nome do East Village, Nova York, onde ele começou, e os póstumos Sketches For (My Sweetheart the Drunk, 1998) e Mistery White Boy (2000). Há também uma boa coletânea de 14 canções em So Real (2007) e dois discos gravados ao vivo, um em Chicago e outro no Olympia de Paris (1995), onde tocou com músicos orientais, revelando influência de Nusrat Fateh Ali Khan. Nick Drake, uma obsessão na vida do pianista de jazz Brad Mehldau (ele gravou as suas River Man, Day is Done e Things Behind the Sun), tinha como mentor Leonard Cohen, de quem Buckley gravou Halleluyah. No último disco, Pink Moon, em que assina e toca sozinho (piano e violão) todas as faixas, predomina o tom amargurado que caracteriza a produção de Cohen. Até por ser solo e combinar mais com o espírito de Drake, é seu melhor disco, embora o primeiro, Five Leaves Left, inclua River Man e o segundo, Bryter Layter, traga John Cale tocando viola e piano. Em tempo: seus três álbuns estão na lista da Rolling Stone entre os 500 maiores discos da história.

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