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Diretor tailandês espera que Palma pacifique seu país

Por AE
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O filme tailandês "Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives", de Apíchatpong Weerasethakul, foi o vencedor da Palma de Ouro no Festival de Festival de Cannes deste ano. O diretor declarou-se não apenas feliz e honrado com a Palma de Ouro, mas também disse esperar que ela seja um elemento de pacificação em seu país, dividido por conflitos políticos. Seu desejo de paz tem a ver com a ideia do filme, que trata de reencarnação.Logo na abertura, a apresentadora Kristion Scott Thomas apontou para a poltrona vazia de Jafar Panahi e lembrou que o diretor iraniano, preso em seu país sem acusação formal, completou ontem nove dias de greve de fome. Ela acrescentou que Steven Spielberg ligou para se solidarizar com os esforços para libertar o autor de "O Círculo".Juliette Binoche, vencedora do prêmio de melhor atriz por "Copie Conbforme", de Abbas Kiarostami - de quem Panahi foi assistente -, levantou um cartaz com o nome do cineasta.O ator italiano Elio Germano dividiu o prêmio de interpretação masculina com o espanhol Javier Bardem, de "Biutiful", de Alejandro González-Iñárritu. Germano ganhou seu prêmio por "La Nostra Vita", de Daniele Luchetti. Enquanto Bardem dedicava seu prêmio a Penélope Cruz - ela ficou meio sem graça quando ele a chamou de "mi amor, mi vida" -, Germano bateu forte na classe dirigente italiana. Dedicou o prêmio à Itália e aos italianos, que lutam por uma vida melhor, "de nossos governantes"."Um Homme Qui Crie", de Mahamast-Saleh Haroun, ganhou o prêmio do júri. O grande prêmio ficou com o francês "Dês Hommes et Des Dieux", de Xavier Beauvois, e o prêmio de mise-em-scène (direção) com Mathieu Amalric, de "Tournée". O prêmio de roteiro foi para o chinês Lee Chang-dong de "Poetry". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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