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Diretor Spike Lee apóia Obama para criar país 'chocolate'

Por RANDALL MIKKELSEN
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O diretor Spike Lee, cujos filmes criticam ferozmente as políticas raciais norte-americanas, prevê a vitória do candidato democrata Barack Obama nas eleições presidenciais e diz que isso marcará "um novo dia" para os Estados Unidos. "Será A.B e D.B -- antes e depois de Obama -- e alguns camaradas vão ter de se acostumar com isso", disse Lee. "E eu vou estar lá no dia da posse -- já vou fazer minha reserva no hotel agora". O diretor de filmes como "Faça a Coisa Certa" e "Malcolm X" falou na noite de quinta-feira no festival de cinema Silverdocs. O festival é uma das maiores mostras de filmes de não-ficção. O Silverdocs fez uma homenagem a Lee por seus documentários, incluindo "When the Levees Broke: A Requiem in Four Acts", sobre o furação Katrina, e "Quatro meninas -- Uma História Real", indicado a 4 Oscars, sobre o bombardeio de uma igreja negra em Birmingham, Alabama, um marco para o movimento pelos direitos civis. Lee disse que, como o Katrina em 2005, as enchentes no meio oeste são um sinal de que o governo federal tem prioridades erradas. "Mas isso vai mudar", disse. "Precisamos de uma cidade de chocolate de verdade", completou, referindo-se a Barack Obama. O termo "cidade de chocolate" é usado afetivamente pelos afro-americanos para se referir a Washington e outras cidades de maioria negra. Também é o nome de um disco da banda de funk Parliament, lançado em 1975. O ex-prefeito de Nova Orleans Ray Nagin foi acusado de segregação racial depois do Katrina, ao pedir que os habitantes reconstruíssem "uma Nova Orleans de chocolate". Lee apóia Obama publicamente e diz acreditar que ele colocará os Estados Unidos no caminho certo. "Não é um 'se'... Ele muda o mundo. Ele muda a forma como as pessoas enxergam os Estados Unidos", disse Lee.

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