
22 de dezembro de 2010 | 17h37
Em seu Twitter, @SteveMartinToGo, o comediante, que é um jurado em potencial, tuitou às 0h10 de segunda-feira: "REPORTAGEM DO JÚRI: o réu tem cara de assassino. CULPADO. Aguardando as declarações iniciais." Um seguidor chamado @luvjack713 o avisou: "Se você está realmente no processo de seleção de jurados pode ter problemas se tuitar sobre isso E AINDA POR CIMA anunciar que ele é culpado. Cuidado, Steve!."
O ator respondeu rapidamente: "(Tô brincando) Shhhh..." E depois prosseguiu: "REPORTAGEM DO JÚRI: o sujeito que pensei que seria julgado por homicídio é o advogado de defesa. Aposto que ele matou alguém, mesmo assim."
As piadas podem ser originais, mas o comportamento não é. Na semana passada a Reuters Legal relatou que juízes ordenaram novos julgamentos ou derrubaram vereditos em dezenas de processos criminais e cíveis devido às diversões online dos jurados, e cidadãos entediados que aguardam a seleção dos jurados vêm, cada vez mais, passando seu tempo tuitando, escrevendo em seus blogs e desabafando de outras maneiras.
Os tuítes de Steve Martin parecem uma paródia do flagelo do jurado que tuíta. Às 0h41 de segunda-feira ele escreveu: "REPORTAGEM DO JÚRI: Promotor. Não gosto do sotaque dele. Sérvio? Vou apostar em INOCENTE. Começamos há cinco minutos."
Um dia depois chegou o seguinte: "REPORTAGEM DO JÚRI: Estou fazendo a defesa rolar de rir com minhas piadas. Juiz não gostou. O réu me acha engraçado. Sujeito legal!." E duas horas mais tarde: "REPORTAGEM DO JÚRI: Os outros jurados são burros. Pra começar, não acreditam em mau olhado. E querem que eu guarde minhas revistas."
Uma representante de Martin disse que ele é um jurado potencial que aguarda a seleção dos jurados; ela não revelou onde. "Ele não está tuitando durante um julgamento, mas enquanto aguarda o processo de seleção. As piadas dele são bem engraçadas, mas não há nada de factual," ela escreveu em e-mail à Reuters Legal.
Indagada se o juiz tirou Martin do grupo de possíveis jurados, ela respondeu: "Ainda não foi expulso."
(Reportagem de Brian Grow, da Reuters Legal em Atlanta)
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