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Dicionário de teologia chega ao Brasil com 6 anos de atraso

Obra ecumênica é composta por 500 verbetes dedicados à doutrina, autores e documentos de teologia

Por Agencia Estado
Atualização:

Seis anos após o lançamento na França, chega às livrarias a edição brasileira do Dicionário Crítico de Teologia uma obra ecumênica que reuniu mais de 250 colaboradores, de 15 países, sob a coordenação do teólogo Jean-Yves Lacoste. Mais que um dicionário de verbetes e definições, esse volumoso livro de estudo e consulta tem a estrutura de uma enciclopédia, pela riqueza e profundidade de informações em cerca de 500 verbetes - aliás, objetos teológicos, como são chamados - dedicados a doutrinas, autores e documentos da teologia cristã. Tudo em seu contexto, com um resumo histórico dos acontecimentos e traços biográficos dos personagens, sempre que necessário. Essa característica faz com que o Dicionário Crítico de Teologia se torne uma leitura agradável até para os leigos, aqueles que, por exemplo, estariam mais interessados em conhecer a vida de Martinho Lutero que as propostas do luteranismo. Fruto da colaboração de católicos, protestantes e ortodoxos, a obra reflete nesse ecumenismo acadêmico uma abertura para a interpretação da teologia num clima de diálogo, compreensão e tolerância que não se poderia imaginar algumas décadas atrás. O texto expõe teorias, cita autores e registra opiniões sem preconceitos. Ortodoxia, pentecostalismo, reforma, ética sexual, revolução, teologia da libertação, todas as questões relevantes atualmente em discussão no campo religioso têm espaço garantido nessas páginas, ao lado de conceitos abstratos como veracidade, ontologismo, salvação, fé, razão e outros verbetes de inevitável complexidade. Maria, mãe de Jesus, é um dos destaques do dicionário. Embora seja um dicionário de teologia, a obra trata igualmente de filosofia.

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