Diana e Dodi foram alvos de uma conspiração, diz testemunha

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Por PAUL MAJENDIE
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Mohamed al Fayed estava convencido de que a princesa Diana e seu filho Dodi foram vítimas de uma conspiração de assassinato, desde o momento em que soube que eles tinham morrido num acidente automobilístico em Paris. A declaração foi feita na quinta-feira, no inquérito que apura as causas da morte deles. O proprietário da loja de luxo Harrods alega que o casal foi morto pelos serviços de segurança britânicos a mando do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth e ex-sogro de Diana. Al Fayed diz que Diana estava grávida de Dodi e que o casal planejava se casar. Ele afirma que a família real não suportava a idéia de ver Diana se casando com um muçulmano. A teoria conspiratória ganhou apoio no tribunal, na quinta-feira, com o depoimento no inquérito na Alta Corte de Londres de Franz Klein, presidente do Hotel Ritz, de Paris, onde Dodi e Diana passaram suas últimas horas de vida em 1997. Klein, que se encontrava de férias no sul da França no momento da morte do casal, deu pelo telefone a notícia da morte de Dodi a Mohamed al Fayed, cuja reação imediata foi dizer a Klein: "Eu sei mais do que você sabe, ou pensa que sabe." "Muito calmo, o sr. Fayed me disse: 'Isso não é um acidente. É uma conspiração ou um assassinato planejado"', disse Klein ao tribunal. Klein também falou que Dodi lhe tinha dito que ele e Diana iam ficar noivos e iam viver na Villa Windsor, a mansão onde Edward 8o e a divorciada Wallis Simpson viveram após a abdicação do monarca. Mohamed al Fayed tinha comprado o imóvel em Paris. "Ele não mencionou a princesa por seu nome pelo telefone, mas me disse que ia fixar residência em Paris. Ele me disse que ia se mudar para a Villa Windsor com sua namorada e também, falando sempre em inglês, que eles iam se casar," disse Klein. As leis britânicas exigem que, nos casos de morte não natural, haja um inquérito para apurar as causas da morte. Previsto para durar até seis meses e custar até 20 milhões de dólares, o inquérito sobre a morte de Diana e Dodi foi aberto após o encerramento das investigações das polícias britânica e francesa. As duas polícias concluíram que Diana e Dodi morreram porque seu motorista, Henri Paul, estava embriagado e conduziu o veículo deles com velocidade excessiva. Indagado se pensava que Henri Paul tinha um problema de alcoolismo, Klein disse ao tribunal: "De maneira alguma."

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