13 de junho de 2014 | 12h14
Apenas três ou quatro diamantes azuis com mais de 100 quilates foram recuperados, de acordo com Cathy Mallins, gerente de comunicações corporativas da Petra Diamonds Ltd.
Até agora, o preço mais alto já registrado para um diamante bruto é de 35,3 milhões de dólares, pagos em fevereiro de 2010 por uma pedra branca de 507 quilates extraída da mesma mina, disse o analista da finnCap Martin Potts.
"Nós achamos que esta pedra pode quebrar esse recorde", disse ele.
Ambos os diamantes foram retirados da mina Cullinan, a fonte de muitos grandes diamantes, incluindo o maior diamante bruto já encontrado, com 3.106 quilates, em 1905. Esse diamante foi cortado em duas pedras que fazem parte das joias da coroa da Grã-Bretanha, guardadas na Torre de Londres.
As ações da Petra subiram até 7 por cento nesta sexta-feira, conseguindo o maior percentual no Índice FTSE-250 Midcap.
A Petra informou que vai avaliar qual o melhor caminho para a pedra no mercado depois de uma análise mais aprofundada de seu valor.
No mês passado, um diamante amarelo de 100 quilates conseguiu 16,3 milhões dólares em um leilão da Sotheby`s, em Genebra - o maior valor já pago por um diamante dessa cor. A pedra bruta tinha 190 quilates.
"Dado que os diamantes azuis são mais raros, mais desejáveis do que as pedras amarelas e brancas, seria de esperar múltiplos disso, em termos de valor", disseram os analistas da Numis em uma nota.
Outros diamantes notáveis ??descobertos na mina incluem o Diamante Azul Cullinan de 25,5 quilates, encontrado em 2013, e vendido por 16,9 milhões de dólares, e o Diamante Estrela de Josephine encontrado em 2008, vendido por 9,49 milhões de dólares.
A Petra comprou a Cullinan em 2008. A mina, localizada no sopé da serra Magaliesberg, no nordeste de Pretória, é uma das cinco minas produtoras da empresa na África do Sul. Ela também tem minas na Tanzânia.
(Reportagem de Roshni Menon e Karen Rebelo)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.