Desfiles de NY valorizam moda ecologicamente sustentável

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Por CHELSEA EMERY
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As tendências da moda vão e vêm, mas em certo sentido o verde veio para ficar, segundo estilistas e patrocinadores que participam dos desfiles desta semana em Nova York. Modelos vestindo tecidos biodegradáveis, cordas recicladas ou materiais orgânicos estão brilhando nas passarelas, e se as vendas dessas roupas mais caras atenderem às expectativas, os estilistas e suas grifes terão encontrado lucrativos novos filões. Mas a moda é volúvel, e qualquer novidade incrível de hoje corre o risco de amanhã ir parar no fundo do armário, junto com as ombreiras da década de 1980. Mesmo assim, empresas como a de cosméticos Aveda e estilistas como Abi Ferrin estão apostando na permanência do estilo "sustentável-chique". "Caracterizar o meio ambiente como uma 'tendência' é extremamente míope", disse Ellen Maguire, assessora de imprensa da Aveda. "Virar verde é um ótimo negócio." Nos bastidores dos desfiles da Fashion Week deste semestre em Nova York, a Aveda tem garrafas de alumínio cheias de água da torneira. Os estilistas, por sua vez, abriram mão de usar peles, e todos os convites foram com papel reciclado. Maguire disse que a Aveda é uma das marcas do império Estée Lauder que mais cresce. "Os consumidores estão gravitando em direção a companhias que ligam para o meio ambiente. Não é um nicho, não é uma tendência." As roupas "sustentáveis" estão sendo fornecidas para lojas de alto luxo. A Bloomingdale's, por exemplo, vende blusas e jeans de algodão orgânico, enquanto a Saks da Quinta Avenida oferece por 2.815 dólares um casaco de lã orgânica da marca Behnaz Sarafpour. "As pessoas de vendas hoje em dia ligam para saber como o seu produto é feito", disse o estilista Ferrin, cujos vestidos esvoaçantes empregam fibras "ambientalmente corretas" e botões produzidos por nepalesas salvas do tráfico de escravas sexuais.

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