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Deputados querem CPI da TV Cultura

Enio Tatto (PT) e Orlando Morando (PSB) pediram a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para que a Assembléia investigue possível malversação de verbas

Por Agencia Estado
Atualização:

Os deputados estaduais Enio Tatto (PT) e Orlando Morando (PSB) propuseram anteontem a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para que a Assembléia Legislativa investigue possível malversação de verbas na TV Cultura. Ennio Tatto leu no Estado, anteontem, que o Sindicato dos Radialistas alega possuir contratos assinados pela direção da Fundação Padre Anchieta que poderiam significar indícios de irregularidades na emissora. O deputado também recebeu cópia dessas documentações e disse que vê sinais de irregularidades na condução administrativa da fundação e que é preciso investigar. "O fato de dois deputados pedirem CPI mostra que existe uma preocupação dessa casa com a TV Cultura", afirmou. "Temos agora de buscar apoio da sociedade para pressionar a instalação da comissão." Proceder de maneira diferente é ajudar a "jogar no lixo um imenso patrimônio público cultural da população desse Estado", considera. O Estado contatou a assessoria de Imprensa da Fundação Padre Anchieta para obter sua posição sobre os pedidos de CPI, mas não obteve resposta. Para protocolar seu pedido de CPI, Tatto colheu 32 assinaturas, um terço dos deputados, mínimo necessário para pedir abertura de uma comissão. O Diário Oficial publicou o pedido, que agora entra numa fila para ir a plenário para votação. Aí, vai precisar da maioria dos deputados (50% mais 1, ou 48 deputados). O governo tem maioria na Assembléia e a instauração de uma CPI depende de sua vontade. Mas o governador Geraldo Alckmin tem se mostrado insatisfeito com a atual gestão da fundação, o que pode facilitar o trâmite.

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