Deputados britânicos se opõem a cortes no Serviço Mundial da BBC

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Por Redação
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A Grã-Bretanha deveria desistir do plano de reduzir o financiamento do Serviço Mundial da BBC ou, pelo menos, proteger partes do serviço, incluindo a BBC Árabe, diante da turbulência na região árabe, disseram parlamentares na quarta-feira. O Serviço Mundial faz transmissões jornalísticas para um público de milhões de espectadores através de seus serviços em inglês e 26 outras línguas, número para o qual foi reduzido este ano, das 31 anteriores. O serviço é um dos ramos mais conhecidos da BBC no exterior, especialmente em países em desenvolvimento. O Serviço Mundial vem reduzindo custos em resposta a uma decisão tomada pelo Ministério do Exterior de cortar o financiamento à BBC em 16 por cento nos próximos quatro anos, depois dos quais a emissora será financiada pela taxa de licenciamento paga por todos os telespectadores na Grã-Bretanha. "O Serviço Mundial da BBC foi descrito por Kofi Annan (ex-secretário-geral da ONU) como possivelmente 'a maior dádiva da Grã-Bretanha ao mundo,'" declarou Richard Ottaway, presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara dos Comuns. "O valor do Serviço Mundial em termos de promover o Reino Unido em todo o mundo, através do fornecimento de um serviço noticioso amplamente respeitado e que tem a confiança do público, supera de longe seu custo relativamente baixo... Implementar os cortes planejados no Serviço Mundial seria uma economia falsa," disse Ottaway em comunicado. O comitê pediu que, se o financiamento do Serviço Mundial for reduzido apesar de sua recomendação, seja feito um trabalho de "contenção dos danos," em especial para proteger os serviços BBC Hindi e BBC China Mandarim, mas também para aumentar o apoio à BBC Árabe. "Os dramáticos acontecimentos recentes no norte da África e no Oriente Médio mostraram que o 'poder soft' exercido por meio do Serviço Mundial pode trazer ainda mais benefícios ao Reino Unido no futuro do que já trouxe no passado," disse Ottaway.

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