04 de maio de 2012 | 03h07
O esquema denunciado funcionaria da seguinte forma: empresas fantasmas serviriam como "laranjas" em concorrências e licitações, mas todas funcionariam no mesmo endereço dos donos da Entre. Empresas como WilWill Produções Artísticas (que já recebeu mais de R$ 1 milhão da Prefeitura) e Brunilu Cine Video seriam apenas de fachada.
Duas outras empresas que supostamente fariam parte do esquema, a Esfera Pesquisas e Eventos e a WK Produções Cinematográficas, segundo o Spresso SP, funcionam no mesmo endereço - inexistente, já que não haveria o número 30 na rua indicada pelo registro. O organizador da Virada, José Mauro Gnaspini, é acusado de autorizar pessoalmente as contratações no Diário Oficial da Cidade de São Paulo.
A Entre Produções negou a montagem de qualquer esquema e disse ao site que nem sequer participa da edição 2012, já que perdeu todas as licitações. Já a Secretaria de Estado da Cultura diz que a denúncia não tem fundamento, e que todos os processos relativos à montagem da Virada Cultural estão à disposição, foram tornados públicos e podem ser acessados no Diário Oficial. A secretaria disse que não foi sequer procurada pelo site para responder às acusações, e que considera as denúncias "vazias".
A Virada Cultural 2012 custou R$ 8 milhões, mesmo valor do ano passado. A Prefeitura destinou à SP Turis R$ 3,24 milhões para a realização do megaevento. Isso compreende o fornecimento de infraestrutura, constituída por equipamentos e produtos, pessoal técnico e operacional, contratação artística e eventual locação de áreas. / J.M.
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