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Deborah Secco estrela próxima novela das 6

Ela fará par romântico com Luigi Baricelli em A Padroeira, de Walcyr Carrasco e Walter Avancini, a dupla que fez de O Cravo e a Rosa um sucesso no horário

Por Agencia Estado
Atualização:

Deborah Secco lançou um top preto e prata na linha fatal, Luigi Baricelli preferiu uma camisa branca e colete, no clima de seu personagem - um cavaleiro do século 18 -, o esperadíssimo Maurício Mattar não deu as caras, Patrícia França, toda sensual numa saia preta com fenda, contava que está aprendendo dança espanhola, Elizabeth Savalla, na mesa do bufê, descobria as delícias das frutas brasileiras que não conhecia, e Mariana Ximenes dava entrevista para uma TV chilena, por conta do sucesso da Bionda que viveu em Uga, Uga. A movimentação ocorreu anteontem, durante o coquetel de lançamento da próxima novela das seis da Globo, A Padroeira, realizado no Projac, no Rio. Com texto de Walcyr Carrasco e direção-geral de Walter Avancini, a trama estréia no dia 18. A novela narra o amor impossível - mais um Romeu e Julieta, assumidíssimo pelo autor do folhetim - entre a nobre Cecília (Deborah Secco) e o pobretão Valentim (Luigi Baricelli), tendo como pano de fundo o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida por pescadores, nas águas do Rio Paraíba do Sul. Embora com a saúde muito debilitada, segundo ele por conta de uma "virose de nome complicadíssimo", Walter Avancini deu início ao evento desculpando as eventuais falhas nas atuações nos primeiros capítulos. "É natural que todo elenco inicie com certa insegurança, só que na novela temos uma compensação: são oito meses para alcançar a segurança. Mas espero que a partir da terceira semana já tenhamos chegado lá." Mattar vira vilão - Depois foi apresentado um vídeo com dez minutos de duração, mesclando melhores cenas da trama, making of e depoimentos de atores e diretores. Como Maurício Mattar anda arredio a entrevistas, a única coisa que os jornalistas presentes ao lançamento tiveram dele foi um rápido depoimento, no VT: "Nunca tinha feito um vilão. A princípio, fiquei inseguro, mas acho que vou dar conta". Durante a exibição de uma cena em que Cecil Thiré ganha uma prova, montado a cavalo, Patrícia França puxou aplausos para o companheiro de novela. Daí em diante bastava alguém da equipe aparecer no vídeo que já era ovacionado. Quando terminou a apresentação foi a vez de Walcyr Carrasco falar sobre a novela. "Há uns quatro ou cinco anos, viajei com o Avancini para Las Vegas e ele me contou sobre um Teletema que havia feito, muitos anos atrás, sobre o tema de A Padroeira. Na hora, pensamos em trabalhar juntos nesse projeto. Quando terminou O Cravo e a Rosa (também escrito e dirigido pela dupla) eu disse: ´Vamos retomar aquela idéia´. E ele adorou. O fato de serem duas novelas de época seguidas foi mera coincidência", explicou o autor. Segundo Carrasco, o fato de ser formado em história faz com que suas tramas tenham temas baseados no passado. "Além disso, me inspirei no Romeu e Julieta, de Shakespeare, e nas Minas da Prata, de José de Alencar". O irmão que não era - O diretor Mário Márcio Bandarra observou que o sucesso de A Padroeira virá porque "a novela tem todos os ingredientes de um folhetim romântico e de ação". Luís Melo, que interpreta o vilão Molina, afirmou que "os antagonistas são personagens fortes, que definem a trama". Já Murilo Rosa, mais magro e com cabelos longos graças a um entrelaçamento, disse que adora fazer tipos românticos, "mas que sejam fortes". Na novela, ele será Diogo, um cavaleiro que, sem saber, tem um caso de amor com a irmã, Izabel (Mariana Ximenes). Grito na liteira - É claro que, no fim da história, ficará provado que ambos não são irmãos de verdade, portanto não cometeram o pecado do incesto, e poderão ser felizes para sempre. Mariana estava feliz da vida por poder fazer uma personagem tão diferente da Bionda, que interpretou na novela das sete que antecedeu Um Anjo Caiu do Céu. "Eu me considero uma privilegiada: fiz uma freirinha em Andando nas Nuvens, uma inconseqüente saudável em Uga, Uga e agora uma adolescente do século 18, que é serena, amável, mas luta pelo quer quer. Apesar dos castigos terríveis impostos pela mãe, ela foge para ficar com seu amor. E olha que tive de ajoelhar no milho, sem joelheiras...", conta a atriz, divertida, lembrando que achou muito estranho quando sentou-se numa liteira (espécie de cadeirinha levada por escravos) para ser carregada."Dei até um gritinho na hora em que começaram a me carregar. E acho que essa cena vai ao ar.". O salão reservado para o lançamento de A Padroeira teve decoração em clima de novela de época. Muito sisal, cordas, palha, imitação de parede de terra batida, croquis dos figurinos (que também foram expostos em um shopping da Zona Oeste carioca), comidas típicas (carne de porco, canjica, bolo de aipim, pães dos mais variados tipos etc.) ao lado de mesas com oratórios, anjos barrocos e até um cartaz com uma Ave-Maria escrita em latim. "Com essa novela estou aproveitando para prestar uma homenagem à fé. Porque sou um homem que tem fé", definiu Walcyr Carrasco.

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