Cultura pede libertação da jornalista Judith Miller

Grandes nomes ligados ao mundo cultural europeu, como Günter Grass e Bernard-Henri Levy, pedem a libertação da jornalista americana

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Por Agencia Estado
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Em manifesto divulgado nesta terça-feira, 27 personalidades européias, ligadas ao mundo da cultura e do jornalismo, pediram a libertação da jornalista americana Judith Miller, presa em seu país por não querer revelar suas fontes à justiça. Assinam o texto, entre outros, o escritor alemão - e prêmio Nobel - Günter Grass, o filósofo francês Bernard-Henri Levy e o espanhol Levy Fernando Savatere, o italiano Gianni Vattimo, além do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, as jornalistas Rosa Montero, Maruja Torres, Soledad Gallego-Díaz (do jornal El País), María Dolores Masana (La Vanguardia). "Sempre admiramos os Estados Unidos por sua liberdade de imprensa", começa o texto divulgado na véspera de completar o 50.º dia de prisão da repórter do New York Times. "Por conseguinte, estamos consternados", afirmam, assinalando também que se trata de um mau exemplo num momento em "que as idéias mais extremas ganham terreno". Depois disto, "como podemos pedir a outros países que respeitem a liberdade de expressão e informação, um dos pilares da democracia?". O manifesto insta a justiça americana a "reconsiderar a decisão sobre Judith Miller, que simplesmente cumpria seu dever de jornalista". A confidencialidade das fontes é um princípio garantido por 31 dos 50 Estados americanos, assim como a capital, Washington. A Justiça está investigando um vazamento de informação por altas fontes governamentais sobre a identidade de uma agente da CIA e, como parte desse caso, o juiz Thomas Hogan determinou que Miller continue na prisão até que sejam concluídas as diligências, em outubro, ou até que ela revele suas fontes.

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