Cultura dedica programação ao meio ambiente

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Por Agencia Estado
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Debate, polêmica, discussão e reflexão. Nada melhor para comemorar o Dia Internacional do Meio Ambiente do que uma programação preocupada com a relação entre o homem e o meio ambiente. Se depender da TV Cultura, que dedicou uma semana inteira à questão, não vão faltar assunto e atrações. Vários especiais sobre o tema vão ao ar todos os dias. Para começar a série Chuá Chuágua, amanhã, às 9h30, que conscientiza o público infanto-juvenil sobre a importância do uso racional da água e será exibida em hora mais que oportuna. "No momento em que São Paulo passa por um rigoroso racionamento de água, nada melhor do que se informar", diz o diretor de jornalismo da TV Cultura, Marco Antônio Coelho Filho. Esse também é o tema de Água: O Desafio do Século 21 e Água: Um Bem Limitado, documentários realizados em co-produção com a Sabesp, que enfocam a falta de água nas grandes cidades e vão ao ar no sábado, às 9h30. A vida na Amazônia também não poderia ficar de fora. O Turma da Cultura de terça-feira (06) traz o fotógrafo Pedro Martinelli, que em breve lançará um livro sobre o cotidiano dos povos que vivem às margens dos rios amazônicos. Documentários - Quem estiver mais interessado em apreciar a natureza pode aproveitar os documentários. O Zoom vai exibir na quarta-feira (07), às 23h30, o inédito Franz Krajcberg, O Poeta dos Vestígios, premiado vídeo de Walter Salles que conta a vida e retrata a obra do escultor, pintor e fotógrafo polonês. No sábado (10), às 18 horas, o documentário Mehinaku: Mensagem da Amazônia desvenda o dia-a-dia dos índios mehinakus, a mais isolada comunidade indígena do Alto do Xingu, em Mato Grosso. O Canal Brasil também preparou um programação especial para amanhã. Um dos destaques do dia é a série Abrolhos, documentário dividido em seis capítulos que registra as belezas do Parque Nacional Marítimo de Abrolhos, localizado a 100 quilômetros da costa baiana. A equipe liderada pelo diretor Augusto Sevá registrou em filme 16 mm cenas submarinas e imagens da ilha durante 12 meses. Isso possibilita ao telespectador reconhecer as características de todas as estações do ano no arquipélago. Além da enorme quantidade de aves, peixes e crustáceos, há flagrantes da vida das baleias jubarte, que se reproduzem no inverno. A Amazônia também ganhou destaque no canal por assinatura. Cinema na Amazônia traz desde as primeiras imagens da cultura indígena do início do século 20 até as produções mais recentes. O longa No Rio das Amazonas, de Ricardo Dias, revela belíssimas imagens e constrói uma verdadeira poesia visual sobre a realidade das populações ribeirinhas da Amazônia. Também no Canal Brasil, outro trabalho de Dias ganha destaque. É Calangos do Boiaçu, que recebeu prêmio de curta e de montagem no Festival de Brasília, em 92, e de melhor curta no Festival de Gramado, em 93. O vídeo foge dos clichês e obviedades do discurso ecológico e mostra o lado bem-humorado do zoólogo e compositor Paulo Vanzolini por meio de uma viagem pela Amazônia. Outra boa opção é O Cineasta da Selva, de Aurélio Michiles, longa que conta a história de Silvino dos Santos, diretor português que foi pioneiro no registro de imagens da Amazônia. Entre tantos trabalhos, Santos filmou No País das Amazonas, que comprova que mais do que um documentarista, ele foi um apaixonado pela região. Às 3h30, o programa Floresta da Tijuca traz Carla Camurati e Cláudio Mamberti, contando a história do maior parque florestal urbano do mundo.

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