Criolo brilha no festival Back2Black, em Londres

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Por AE
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Mulatus e Criolos, entre outros de pele preta, reverenciaram a África musical e sua diáspora brasileira em shows no Old Billingsgate Market, de Londres, durante o festival Back2Black, neste fim de semana. Hip hop, samba e funk carioca estavam no cardápio, e traçaram um fiel panorama da música afro-brasileira contemporânea, com artistas de destaque em fronts variados, que se apresentaram à margem do rio Tâmisa, sob um raro bom tempo londrino, em um antigo mercado de peixe para uma plateia de brasileiros e europeus. Tocando juntos, Mulatu Astatke, o mestre vibrafonista etíope, e Criolo, o incensado artesão de rimas do Grajaú - foram do jazz ao terreiro no show mais expressivo dos dois primeiros dias do festival (o Back 2 Black começou sexta e terminou neste domingo). Transitaram entre funk, samba de roda e afrobeat, impulsionados pela afiada banda do rapper paulistano, mas orientados pelo vibrafone etéreo de Mulatu. Empolgaram uma plateia de não mais que 500 pessoas com a teatralidade e presença de palco de Criolo. Foi o destaque de um festival que tem, inevitavelmente, uma função diplomática para o Brasil, pois embora tenha presença de africanos, europeus e americanos, foi anunciado como um festival de música brasileira, com fotos de Gilberto Gil (que é curador e faz o show de encerramento) em muros e revistas locais. O line-up do Back 2 Black é uma espécie de seleção olímpica da música negra brasileira em 2012. Deixando de lado os medalhões do festival (Gil e Jorge Ben Jor) e levando em conta que o hip hop é o gênero mais expressivo da MPB independente atual, há veteranos ainda em forma (Marcelo D2), jogadores já respeitados (Emicida e Renegado) e a estrela badalada do time (Criolo). Presenciá-los em um curto espaço de tempo, em shows fora do Brasil, feitos para uma plateia de brasileiros e estrangeiros revela algumas polaroides do nosso pop negro atual. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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