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"Crianças do Rio: da Eco 92 a Johannesburgo"

TV Cultura exibe hoje, Dia do Meio Ambiente, documentário inédito que retrata a vida de crianças de várias partes do mundo nascidas no mesmo ano da Eco 92 até o reencontro dos líderes mundiais em Johannesburgo, dez anos depois

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje, Dia do Meio Ambiente, às 22h30, a TV Cultura exibe o documentário inédito Crianças do Rio: da Eco 92 a Johannesburgo 2002. Realizado pela Television Trust for the Environment e dirigido pelo italiano Bruno Sorrentino, o programa retrata histórias de crianças de várias partes do mundo, nascidas no mesmo ano da Conferência Mundial do Rio, a Eco 92. Sorrentino acompanhou essas crianças por uma década - desde o nascimento até 2002, ano em que os líderes mundiais se encontraram novamente em Johannesburgo. A proposta do documentário é mostrar a trajetória dessas crianças que vieram ao mundo numa época em que todos voltavam os olhos para o futuro do planeta. Neste encontro, um tema maior foi universalmente aceito: que a pobreza e a destruição ambiental estavam interligadas. Crianças do Rio reúne histórias de meninos e meninas que têm em comum o fato de fazerem parte de comunidades que têm alguma relação com os assuntos discutidos na Eco 92, como a desertificação, a pobreza e a destruição do meio ambiente. Retrata, por exemplo, a trajetória da brasileira Rosamaria, moradora da favela da Rocinha. Abandonada pelo pai quando ainda era um bebê, foi criada pela mãe, faxineira de um hotel. Rosamaria divide dois pequenos cômodos com a mãe, o namorado da mãe e outros quatro parentes. Conta ainda com a ajuda de vizinhos. Mas, apesar de, na comunidade da favela, muitos exercerem o papel de uma grande família, a convivência com a violência é inevitável. Ao ser perguntada sobre o que gostaria de mudar na Rocinha, Rosamaria responde: "Deveríamos parar com os tiroteios...tanto da polícia como dos bandidos." Além da carioca Rosamaria, Crianças do Rio acompanha a vida de Erdo, integrante de uma tribo nômade do Quênia. Erdo é de uma família de 16 irmãos, e seu pai, Christopher, tem duas esposas. Já a indiana Panjy, moradora de uma cidade que depende da indústria de fogos de artifício, convive com o risco de ter de abandonar os estudos para ajudar a família. A prima de Panjy, Muru, não freqüenta a escola: 12 horas por dia, ela deve mergulhar seus dedos numa solução de sulfato de cobre, para revestir manualmente os detonadores dos fogos de artifícios. O programa destaca também a rotina da chinesa Kay Kay: filha única, teve de se acostumar a passar suas noites sozinha, enquanto seus pais enfrentam uma longa jornada de trabalho. Mostra ainda como vivem duas crianças africanas, uma branca e uma negra - Justin e Visumzi - num país que tenta emergir de seu passado racista. Por fim, registra a história da inglesa Hayley. Mesmo não sendo de uma família rica, leva uma vida confortável, se comparada a de milhares de crianças ao redor do mundo.

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