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Criação livre marca a Sutil Companhia

Os 10 anos da Sutil Companhia de Teatro são uma prova de liberdade de criação. Os atores Guilherme Weber e Erica Migon e o diretor Felipe Hirsch escrevem peças usando livros e CDs escolhidos livremente na estante

Por Agencia Estado
Atualização:

O trabalho de criação da Sutil Companhia de Teatro sempre foi marcado por uma boa dose de improvisação. "Nós nos reunimos na casa de um e, quando surgem as idéias, vamos pegando na estante os livros e os CDs que podem ajudar na história", conta o ator Guilherme Weber, que participa do trio central da companhia, formado ainda pelo diretor Felipe Hirsch e a atriz Erica Migon. As referências sempre passeiam pelos cantores e autores pop que influenciam a pesquisa, como Nicky Hornby e Joe Fante, cuja obra vai inspirar mais um dos futuros espetáculos - já serviu de base para Nostalgia (2001), o mais popular entre o público feminino. A grande característica da companhia, que surgiu em 1993 com Baal Babilônia, é não seguir a estrutura tradicional de um grupo. "Não temos compromisso em construir uma carreira nem aceitamos trabalho de encomenda", comenta Hirsch, lembrando ainda da versatilidade em abrir espaço para eventuais colaboradores. Foi isso que permitiu a presença de Marco Nanini e Marieta Severo em Os Solitários, um dos principais espetáculos do ano passado, e Renata Sorrah em Jantar entre Amigos (Pequenos Terremotos). "Nosso trabalho de pesquisa sobre a memória atrai outros atores interessados em participar do projeto, o que torna a história da companhia tão diferente", afirma Weber, lembrando que, em Alice, a novidade é a presença da atriz Simone Spoladore. "São dez anos de um resistência iniciada em uma cidade, Curitiba, onde o frio oferece duas opções: a autodestruição ou a criação", diz o ator. "Assim, com a companhia, buscamos não uma fuga da realidade, mas uma tentativa de animá-la."

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