Corpo de Waly Salomão é cremado no Rio

Amigos e parentes leram alguns de seus poemas durante o velório do poeta. Antes de começar a cremação, todos bateram palmas para Waly

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Por Agencia Estado
Atualização:

Amigos e familiares do poeta e compositor Waly Salomão leram alguns de seus poemas durante o velório que antecedeu à cremação, no Crematório do Caju, na zona portuária do Rio, hoje de manhã. A família preferiu manter em segredo o lugar onde as cinzas serão depositadas, que será escolhido pela viúva, Marta, com quem Waly era casado havia 28 anos. Para se despedir de Waly, que morreu na manhã de segunda-feira, de câncer, Marta, os filhos, Omar, de 20 anos, e Khalid, de 24, o irmão do compositor, Jorge Salomão, e alguns amigos, como o poeta Antônio Cícero, escolheram poesias que falavam de vida e morte. Jorge contou que Waly tinha o desejo de ser cremado e que as cinzas ficarão com Marta. "O que vai ser feito é algo íntimo deles, poético." Antes de começar a cremação, todos bateram palmas para Waly. Os cantores Adriana Calcanhotto e Luiz Melodia acompanharam a cerimônia e lembraram a convivência com Waly. "Ele era uma pessoa de muita vitalidade e riqueza humana. Era irresistível. Meu terceiro disco se chama Fábrica do Poema porque é um poema dele. Waly está indo muito cedo. Ele não estava com vontade de morrer, estava muito empolgado de trabalhar com Gil no Ministério da Cultura", disse Adriana. Luiz Melodia contou que vai incluir a música de Waly Mal secreto, composta em parceria com Jards Macalé, em seu próximo disco. "Waly sempre quis que eu gravasse essa música. Ela já está gravada e agora vou colocá-la num disco." Melodia disse que, na década de 70, conviveu com Waly e outros artistas, como Torquato Neto, Jards Macalé e Hélio Oiticica, no Morro de São Carlos, na zona norte do Rio, onde eles tocavam violão e cantavam. "Waly foi a pessoa que me levou à música, me apresentou a Gal Costa, que gravou Pérola negra".

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