"Convites não param depois da novela" "Foram os papéis que me escolheram"

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Por Redação
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Você vem de uma família religiosa, presbiteriana. Tinha esse sonho do carnaval em Salvador?O Vítor (o diretor Vítor Mafra) disse que o filme foi um sonho da gente, de cair na estrada fazendo o que nunca fez. No carnaval, costumava ir pra retiros e lá, se apaixonar não era prioridade. O bacana é que nossa equipe era pequena, muito unida. Viramos uma família. O filme foi feito no ano passado, durante as manifestações. Encontramos muita estrada bloqueada e houve uma pousada com tanta gente que éramos uns dez no quarto. Por tudo isso foi fácil entrar no clima.Três amigos, uma garota e uma van. Que tal?Acho que o filme é bem família. É inofensivo, sem palavrões e tem uma coisa ingênua ao expressar o imaginário do jovem. Fizemos muito à vontade, o que foi mérito do Vítor e do Marcelo Braga (produtor).Como está sua vida depois do estouro na novela Império?Estou tranquilo. Já tinha feito aquelas coisas ('Ídolos' e a novela'Rebelde'), mas orava a Deus para que algo acontecesse. Fui fazer o teste para ser um dos filhos de Alexandre Nero na novela. Fiz minha parte e percebi o burburinho. A assistente que comandava o teste falava no ouvido da outra. Pensei comigo - deu m... Mal sabia eu que estavam me considerando para ser o próprio Zé Alfredo quando jovem.Você consegue sair na rua sem ser assediado?Evito alguns lugares porque sei que vai rolar um agito, mas estou conseguindo levar.E os convites?A Globo me ofereceu um contrato de longa duração e já estou na próxima novela de Gilberto Braga, Babilônia. É um autor que sempre me interessou muito. Vou fazer o filho das lésbicas Fernanda Montenegro e Natália Timberg. Desde que apareci na novela, recebi dez convites para filmes, mas estão batendo com a novela. Só pude aceitar dois. / L.C.M.Como foi encarar o desafio de fazer um filme de terror?O desafio do (Tomás) Portella foi mostrar que a gente conseguiria fazer um filme de suspense de padrão internacional. Isolados tem um suspense bem forte, puxando para o terror. E tem um roteiro muito legal da Mariana (Vielmond, filha de José Wilker).Digamos que o desafio do filme começa pelo roteiro. Como lidar com estereótipos de terror?Eu acho que a Mariana escreveu o filme mais como suspense psicológico e o Tomás (diretor) é que imprimiu a pegada de terror. Foi divertido de fazer porque, quando a gente queria recuar, achando que estava indo para o clichê, o Tomás pedia para ser bem clichê. Ele assumiu que estava fazendo um filme de terror nos moldes tradicionais e foi fundo. Mas o roteiro da Mariana é intrigante. Os personagens são estranhos. Temos a pretensão de entender o ser humano e achar que sabemos tudo sobre as pessoas, mas na verdade não sabemos o que se passa na cabeça dos outros. O ser humano é sempre surpreendente, para o melhor e o pior. É o que também vai mostrar a minissérie (de Glória Perez), Dupla Identidade.E você faz história - um filme de terror e um assassino em série. É para mudar a imagem?Não busquei os papéis, foram eles que me encontraram. Claro que, como ator, quero fazer coisas diferentes, não ficar na mesmice. Dupla Identidade também joga com a estranheza das pessoas. O cara bonzinho do escritório, na verdade, é um monstro que caça e mata mulheres. O cinema americano investe nesse personagem, mas queremos mostrar que também podemos fazer, e bem.Com Mato sem Cachorro, você entrou para o grupo dos atores de um milhão de espectadores. Que tal?É a maior responsa. E eu espero continuar fazendo coisas que me intriguem e atraiam o público. / L.C.M.

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