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"Contos Mínimos" será lançado no Rio

A escritora Heloísa Seixas reúne em livro 50 textos publicados inicialmente na revista Domingo, do Jornal do Brasil, sobre temas como amor, assombrações, solidão, natureza e reflexões

Por Agencia Estado
Atualização:

A escritora Heloísa Seixas lança nesta quarta-feira na Livraria da Travessa (Rua Visconde de Pirajá, 464, loja A - Ipanema), no Rio, a partir das 19h, o livro Contos Mínimos (Record, 128 págs., R$ 15), uma reunião de textos publicados, inicialmente, na revista Domingo, do Jornal do Brasil de maio de 1999 a abril deste ano. Nascidos para os jornais, Heloísa conta que decidiu publicar uma seleção deles na forma de livro devido ao interesse dos leitores, especialmente da área acadêmica. "Ouvi muitos professores que guardavam os contos em álbuns", diz Heloísa, que chegou a visitar uma escola do subúrbio carioca onde um de seus contos foi dramatizado. No volume lançado amanhã, estão 50 contos mínimos, agrupados em cinco itens: amor, assombrações, solidão, natureza e reflexões. Internamente, cada capítulo guarda uma organização também própria. "Busquei uma ordem que fizesse sentido", explica a autora. Assim, acredita, os contos podem ser lidos tanto ao acaso como em seqüência, ganhando, talvez, sentidos novos, que não portavam em seu veículo original. Escrever semanalmente uma ficção - e não uma crônica -, segundo Heloísa (autora da novela Através do Vidro e do livro de contos Pente de Vênus) foi um desafio - e também uma diversão. "Ando por todos os lados vendo contos mínimos, o que me levou a desenvolver uma observação mais fina da realidade." O livro termina com um texto significativamente intitulado Conto Mínimo, que retoma a história de um avião japonês que sofreu uma pane a 10 mil metros e que, lentamente, foi caindo. Durante a queda, os passageiros escreveram mensagens, "como se fossem náufragos, condenados e sem esperança, numa ilha deserta". Heloísa completa: "Somos todos - não só artistas, mas todos nós - como aqueles japoneses desesperados. Vivemos tentando deixar nossas pegadas, apressados entre o início e o fim da viagem, sem saber ao certo o que acontecerá.

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