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Confira os lançamentos de livros no Brasil

Por Agencia Estado
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Memórias de Vida, Memórias de Guerra, Fernando Frochtengarten Perspectiva, 228 págs, R$ 36 Para entender as marcas históricas da Shoá - Como observa Ecléa Bosi: "Fernando Frochtengarten abre um caminho dos mais fecundos. Permite acompanhar histórias de vida mediante a dialética do exilado entre a ruptura e o começo." O autor, muitos anos depois da guerra, segue para a Polônia munido de um mapa feito pela avó. Em companhia do avô e da tia, ele parte em busca da reconstituição histórica e biográfica. Visita as cidades de onde seus avós foram deportados para campos de concentração nazista na 2.ª Guerra. Por meio da reconstrução dessa jornada, o autor examina o fenômeno do desenraizamento, sua dimensão psicológica e a ruptura biográfica. Sob uma perspectiva da psicologia social, aborda as marcas impressas pela Shoa. Sobre Humilhação, Izabel Marson, Márcia Naxara (org.) Edufu 461 págs, R$ 60 O sentimento de humilhação no mundo moderno - O sentimento de humilhação, as formas históricas e culturais e os meios pelos quais se manifesta fornecem elementos indispensáveis para a compreensão dos fatos em suas diferentes significações. Neste volume, Izabel Marson e Márcia Naxara reúnem artigos e análises que abordam o tema da humilhação a partir de diferentes pontos de vista teóricos e perfis conceituais. Como destaca Jacy Seixas na apresentação: "Humilhação é uma das palavras mais presentes e atuantes no mundo contemporâneo e revela-se - paradoxalmente ou não - como um dos sentimentos morais estruturantes do campo político e social onde se movimenta perplexo o indivíduo moderno." O Homem Que Fazia Chover, Edson Amâncio Barcarola 328 págs, R$ 36 Tentando desvendar os mistérios da mente - Edson Amâncio registra em livro toda a sua experiência de médico. Reúne histórias de seus pacientes e mostra os mistérios do cérebro humano. O que dizer de um homem convencido de que é capaz de fazer chover com a força de seu pensamento ou um outro que se diverte com uma bailarina imaginária que dança num canto da sala? Amâncio também usa personalidades famosas, como Mozart, Van Gogh, Einstein, como exemplos de pacientes com sintomas estranhos e foram reconhecidos como gênios. Outros exemplos são captados da literatura, como Kafka e Gogol, para realizar paralelos com seus casos clínicos. O que há em comum entre as doenças dos personagens famosos e os casos reais relatados nos consultórios. Pequenos Poemas em Prosa, Charles Boudelaire Record 287 págs, R$ 33,90 A dócil poética de Baudelaire, sem ritmo e sem rima - "Um dos títulos pelo qual Pequenos Poemas em Prosa (edição póstuma, em livro, das peças publicadas a partir de 1855 em jornais como La Presse e Le Figaro) se tornou conhecido foi Le Spleen de Paris. Era uma tentativa absolutamente nova na literatura francesa de inventar uma prosa poética sem ritmo nem rima, dócil a todas as ´ondulações do devaneio´." Spleen significa melancolia, depressão, irritação, mau humor, o que define o conteúdo deste livro. Os textos reunidos nesta obra retratam as caminhadas de Baudelaire por Paris e evocam as lembranças de mendigos, cassinos, hospitais, palácios, bairros. A tradução de Gilson Maurity torna a leitura acessível ao grande público. Esta edição é bilíngüe. Big Sur e as Laranjas de Hieronymus Bosch, Henry Miller José Olympio 448 págs, R$ 59 Quando Henry Miller fez as pazes com os EUA - Após viver na Paris dos anos 1930, temporada que rendeu clássicos como Trópico de Câncer e Trópico de Capricórnio, Henry Miller resolveu voltar aos Estados Unidos, em 1942. Nesse período, começou a escrever Big Sur e as Laranjas de Hieronymus Bosch, publicado em 1957. No livro, o autor faz as pazes com a América. Para ele, Big Sur era o verdadeiro Éden, o definitivo Jardim das Delícias Terrenas retratado pelo pintor Hieronymus Bosch. "Foi há 12 anos, num dia de fevereiro, que cheguei a Big Sur - no meio de um violento aguaceiro (...) Foi o início de algo mais do que uma simples amizade. Seria mais exato, talvez, chamar aquilo de uma iniciação a um novo estilo de vida", disse Miller. Sérgio Ferro, Arquitetura e Trabalho Livre, Pedro Fiori Arantes Cosac Naify 456 págs, R$ 65 Sérgio Ferro inédito em ensaios e palestras - Arquiteto, professor universitário, militante político, teórico e pintor, Sérgio Ferro é um personagem marcante na arquitetura brasileira. Um intelectual que lançou questões que instigaram e instigam estudantes e profissionais dos anos 60 até os dias de hoje. Aliando a crítica à prática, Sérgio Ferro esteve à frente de inúmeras pesquisas a respeito da produção material da arquitetura, refletindo sobre as relações conflituosas entre desenho, tecnologia e canteiro de obras, seja no Brasil, seja na França, onde se radicou após ter sido preso durante a ditadura militar. Neste livro, foram reunidos 19 artigos, escritos entre 1963 e 2003, incluindo ensaios, palestras e entrevistas, a maioria ainda inédita no Brasil.

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