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Confira atrações para aproveitar a semana dentro ou fora de casa

Peça online com Maitê Proença e documentário sobre a cantora Billie Eilish estão entre as dicas do roteiro

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Por Redação
Atualização:

TEATRO (POR UBIRATAN BRASIL)

Maitê Proença apresenta online o monólogo ‘O Pior de Mim’, escrito por ela, em que revisita a própria história

Maitê. Fala da mulher de 60 anos, machismo e misoginia. Foto: Dalton Valerio

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Enquanto as pessoas pretendem exibir apenas os aspectos mais interessantes sobre si mesas nas redes sociais, a atriz e escritora Maitê Proença lançou uma provocação, que inspirou uma peça. “Apresento a você a parte mais escondida de mim, aquela que nem eu tinha coragem de bisbilhotar. Mais do que nunca estamos de olho na vida do outro. Neste voyeurismo desenfreado, nos comparamos, para melhor compreendermos a nós mesmos. Não é assim? Venha espiar, eu deixo”, diz ela ao apresentar O Pior de Mim, peça de sua autoria e direção de Rodrigo Portella, que estreou em setembro do ano passado e, depois de grande sucesso, chega agora ao streaming e com um detalhe: encenada diretamente de sua casa. Assim, a partir da quinta, dia 4, a atriz vai encenar o texto sempre nesse dia da semana, às 19h, com temporada online até 29 de abril.

Em O Pior de Mim, Maitê revisita a própria história, da infância até os dias atuais. Em cena, ela faz uma reflexão sobre a influência de sua conturbada história familiar (seu pai assassinou a esposa a facadas, suspeitando de traição, quando Maitê tinha apenas 12 anos) na vida pessoal e profissional, apontando os eventuais bloqueios que ali surgiram e como ela conseguiu superá-los. Aos que esperam uma sucessão de confissões familiares, no entanto, Maitê vai surpreender – hábil na escrita, ela não escreveu uma peça sobre si mesma, mas selecionou acontecimentos de sua vida que encontram ressonância na maior parte dos espectadores. Quando espera desvendar a trajetória da atriz, o público se surpreende ao se encontrar com fatos que lhe dizem respeito. Assim, as dores e as paixões que marcaram a vida de Maitê, apresentadas como uma análise íntima e doída, se transformam em algo semelhante a uma conversa, mesmo que atriz e plateia não troquem confidências abertamente. Corajosa em revelar suas feridas, Maitê exercita-se ainda como artista de uma forma muito sincera.

Ingressos a R$ 20 em site.bileto.sympla.com.br.

MÚSICA (POR DANILO CASALETTI, especial para o Estadão)

Xamã.Músico participa do festival. Foto: Guilherme Falco

A quinta edição do Festival Sons da Rua, que festeja a cultura hip hop, ocorre nos dias 2, 3 e 4 de março de forma virtual. Na abertura, 8 MC’s estarão no palco da Casa das Caldeiras para uma batalha de rimas, às 20h. No dia seguinte, no mesmo horário, os finalistas do concurso Novos Talentos Sons da Rua, escolhido por votação popular, terão a chance de se apresentar dentro da programação do evento.Na quinta-feira, os rappers cariocas Xamã, às 20h, e BK, às 21h, encerram o festival com apresentações ao vivo e exclusivas. O grafite, expressão fundamental da arte urbana, também estará representado em murais. Tudo será transmitido pelo canal no YouTube do Sons na Rua. Grátis.

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Nesta sexta-feira (26), a Osesp realiza duas apresentações que serão transmitidas pelo YouTube diretamente da Sala São Paulo. Na primeira parte, às 19h, o coro da Orquestra, regido por William Coelho, interpreta Tres Canciones de Amor, de Manuel Oltra, e Indianas, de Carlos Guastavino. Em seguida, às 20h30, sob comando do maestro britânico Neil Thomson, os músicos executam composições de Vivaldi, Monteverdi e Lutoslawski. Grátis.

O projeto #ViradaSP, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, transmite neste sábado (27) diversas atrações dentro da plataforma Cultura em Casa. Entre os shows programados estão os da cantora sertaneja Alice Marcone, às 15h40; da cantora Maria Rita, às 18h; e do grupo BNegão e os Seletores de Frequência, às 22h30. Eles se apresentarão no palco do Teatro Sergio Cardoso, que não receberá público. Grátis.

EXPOSIÇÕES (POR JÚLIA CORRÊA)

Amilcar de Castro.MuBE expõe obras do artista. Foto: Marcus Vinicius de Arruda Camargo

O MuBE apresenta Amilcar de Castro: na Dobra do Mundo (foto), com 120 desenhos, pinturas e esculturas do artista, morto em 2002. A partir de março, haverá ainda uma escultura de 1999, com 18 metros de altura e mais de 20 toneladas, vinda da Universidade de Uberaba, de Minas Gerais. A curadoria é de Guilherme Wisnik, Rodrigo de Castro (filho do artista) e Galciani Neves. R. Alemanha, 221, Jd. Europa. Grátis. Visitas mediante agendamento pelo e-mail mube@mube.art.br. Até 23/5.

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Na Casa Triângulo, Bronze, Couro, Ouro, sangue, mostra de Paul Setúbal, reúne vídeo, instalações e esculturas do artista, cuja produção traz diferentes abordagens do corpo. R. Estados Unidos, 1.324, Jd. América. Inauguração: sáb. (27). 11h/18h (fecha dom. e 2ª). Grátis. Até 3/4.

A Galeria Marcelo Guarnieri inaugura a mostra Puxirum, de Ricardo Ribeiro, com fotografias feitas entre 2016 e 2018 em São Pedro, povoado localizado às margens do Rio Arapiuns, no Pará. Al. Lorena, 1.835, Jd. Paulista. Inauguração: sáb. (27). 10h/18h (sáb., 10h/17h; fecha dom.). Grátis. Até 27/3.

Com pinturas e esculturas, Templo do Cachorro Azul, de Manu Maltez, marca a abertura do novo espaço da galeria São Paulo Flutuante, de Regina Boni e do próprio artista. R. Brigadeiro Galvão, 130, Barra Funda. Inauguração: sáb. (27), 10h/17h. 10h/12h e 13h/18h (sáb., 10h/12h; fecha dom. e 2ª). Grátis. Até 20/4.

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CINEMA (POR MARIANE MORISAWA, especial para o Estadão)

Por causa da restrição à circulação de pessoas das 23h às 5h na cidade e no Estado, as salas têm horários reduzidos na parte da noite – mas as estreias voltaram com força total. São várias, com destaque para o documentário sobre como Billie Eilish se transformou em fenômeno musical

Billie Eilish.Filme mostra a transformação da cantora adolescente em estrela mundial. Foto: Apple TV/AP
Em altaCultura
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Billie Eilish: The World’s a Little Blurry. O documentário de R.J. Cutler aborda a transformação da cantora e compositora de adolescente em estrela mundial, trazendo cenas na estrada, no palco, em casa com a família e compondo e gravando seu álbum de estreia, When We All Fall Asleep, Where Do We Go? (2019). O trabalho rendeu sete Grammys, incluindo melhor artista novo, gravação, canção e álbum do ano. O filme estreia simultaneamente no Apple TV+.

Mais Que Especiais. Dir. Olivier Nakache e Éric Toledano. A dupla por trás de Intocáveis volta com este filme. Vincent Cassel e Reda Kateb interpretam Bruno e Malik, personagens inspirados em Stéphane Benhamou e Daoud Tatou, criadores de associações que cuidam de jovens no espectro autista de origem humilde.

Judas e o Messias Negro. Dir. Shaka King. A história de Fred Hampton, líder dos Panteras Negras em Illinois, interpretado aqui por Daniel Kaluuya, ganha tom de thriller policial ao mostrar a atuação de William O’Neal (LaKeith Stanfield), contratado pelo FBI para se infiltrar no partido.

Monster Hunter. Dir. Paul W.S. Anderson. O diretor escala mais uma vez sua musa e mulher, Milla Jovovich, agora no papel de uma tenente transportada para outro mundo para combater monstros nesta adaptação de uma série de videogames. 

O Mundo de Glória. Dir. Robert Guédiguian. Família em Marselha tem dificuldade econômica.

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PJ Harvey: Um Cão Chamado Dinheiro. Dir. Seamus Murphy. Documentário mostra o processo criativo da cantora e compositora inglesa na composição do álbum The Hope Six Demolition Project durante viagens ao Afeganistão, Kosovo e Washington.

Depois a Louca Sou Eu. Dir. Julia Rezende. Dani (Débora Falabella) faz terapia e recorre a medicações para controlar as crises de ansiedade.

Minha Fortaleza, os Filhos de Fulano. Dir. Tatiana Lohmann. Documentário sobre a luta de mães que criam sozinhas os filhos na periferia de São Paulo.

Christabel. Dir. Alex Levy-Heller. A chegada de uma mulher livre e independente abala a estrutura familiar conservadora de Christabel e seu pai numa área rural do Brasil.

Os Lobos do Leste. Dir. Carlos Quintela. Um velho caçador fica obcecado por encontrar lobos numa montanha onde eles não são vistos há cem anos. 

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