Complexo Cultural da Luz: a maior obra do setor na AL

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Por AE
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Será apresentado nesta quarta para o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o projeto do Complexo Cultural da Luz. "Diminuímos seu tamanho porque estava superdimensionado", diz o secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo. De 101 mil m² de área a ser construída na região central da capital paulista, o espaço ficará com 73 mil m². Com obra orçada em torno de R$ 500 milhões - cerca de metade dos recursos provenientes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e o restante do governo estadual - o Complexo Cultural da Luz vai abrigar teatro dedicado à dança e à ópera, as novas sedes da Escola de Música do Estado de São Paulo - Tom Jobim e da São Paulo Companhia de Dança, sala de recitais, espaço flexível para apresentações experimentais de artes cênicas, biblioteca, estacionamento, café, restaurante e área verde.O projeto do Complexo Cultural da Luz foi concebido pelo escritório de arquitetura suíço Herzog & de Meuron. Segundo Matarazzo, nem Jacques Herzog nem Pierre de Meuron irão para apresentação, amanhã, da obra para o governador Geraldo Alckmin e para a imprensa. A proposta será explicada pelo arquiteto brasileiro Marcelo Bernardi, que integra a equipe do escritório suíço. Agora, o próximo passo é abrir um edital para licitação de empresas para a construção do Complexo Cultural da Luz.O secretário afirma que a previsão inicial é de que as obras se iniciem, provavelmente, no começo de 2013, durando cerca de quatro anos para a conclusão total do empreendimento, "maior da área cultural na América Latina". "É uma obra de estruturas modulares e alguns espaços vão ficando prontos antes", conta Andrea Matarazzo. Segundo ele, as principais mudanças recentes da obra se referem à ampliação das áreas verdes e estratégias para reduzir impermeabilizações. "É um projeto arquitetônico, não um projeto político", afirma ainda o secretário de Cultura.A proposta inicial do espaço data do secretário de Cultura anterior, João Sayad. Em 2008, ele anunciou o que seria o Teatro de Dança em frente da Sala São Paulo, na região da Luz, para ser a sede da São Paulo Companhia de Dança. Já era um projeto vultoso na época, orçado em R$ 300 milhões. "Ele nasceu, cresceu e voltou à sua origem", define o secretário Matarazzo.Os conceituados suíços Herzog & de Meuron, que criaram o Estádio Olímpico de Pequim, foram contratados desde o início para realizar o projeto paulistano. Na época, a escolha gerou polêmica, já que empresas brasileiras não participaram da seleção. Herzog & de Meuron começaram a concepção da obra brasileira em 2009 e estimam que o Complexo Cultural da Luz fique pronto em 2016. O desafio principal era criar um projeto para uma zona deteriorada da cidade, a cracolândia. "O Complexo Cultural da Luz de São Paulo vai consolidar o maior distrito cultural da América Latina, compreendendo a Sala São Paulo, Pinacoteca do Estado, Estação Julio Prestes, Parque da Luz, Museu da Língua Portuguesa e Museu de Arte Sacra", definiram os suíços. Para a construção do espaço, foi demolido o prédio onde funcionava o Shopping Luz - e onde antes abrigava a rodoviária de São Paulo. O projeto básico foi de R$ 43 milhões, segundo a Secretaria de Cultura. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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