Começam as gravações da minissérie "JK"

Começam a ser rodadas as primeiras cenas da história do presidente Juscelino Kubitscheck, que prometia o milagre dos "50 anos em 5"

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Por Agencia Estado
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A partir de hoje, Tiradentes, na zona da mata mineira, vira Diamantina, que fica no Vale do Jequitinhonha, também em Minas, onde o presidente Juscelino Kubitschek nasceu e viveu até a juventude. Ambas são cidades históricas e servirão de cenário para a minissérie JK, que a Rede Globo estréia no início do ano que vem, contando a saga do presidente bossa nova e, por tabela, a história do País no século 20. Mais de uma centena de atores e técnicos chegou lá no sábado e fica pelo menos um mês gravando o texto de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, sob a batuta de Dênis Carvalho, o diretor que contou a história dos anos de chumbo na minissérie Anos Rebeldes. Divulgação/José Wilker (esq.) e Wagner Moura vivem o JK adulto e jovem; Débora Falabella (esq.) e Marília Pêra interpretam Sarah, a mulher do presidente quando jovem e adulta Wagner Moura e José Wilker vão interpretar o presidente Juscelino Kubitschek jovem e adulto. Dona Sarah, mulher do presidente, será vivida por Débora Falabella e Marília Pêra. Na pele da mãe dele, dona Júlia, estarão Júlia Lemmertz e Eva Wilma. Os autores dos 44 capítulos da minissérie escreveram com o auxílio dos historiadores Ronaldo Costa Couto, que já foi ministro de Estado e Marieta de Moraes Ferreira, da Fundação Getúlio Vargas. Maria Adelaide conta que o texto do cotidiano do poder contará com a colaboração de uma testemunha ocular "O poeta Geraldo Carneiro, filho do secretário particular do presidente que tinha o mesmo nome, escreverá essas cenas porque ele as conhece muito melhor que a gente." Minas da primeira metade do século 20, o Rio dos anos dourados e Brasília em construção serão reproduzidos em estúdio ou em computador, mas a minissérie não contará só fatos históricos. JK será a quarta minissérie histórica que Maria Adelaide Amaral escreve nos últimos cinco anos: há 50 anos, Juscelino Kubitschek prometia para o Brasil o milagre do desenvolvimento do país em uma velocidade de "50 anos em 5". "JK é a coisa mais importante da minha carreira depois de Anos Rebeldes", diz Dênis Carvalho. Já Maria Adelaide, ainda se surpreende com a empolgação da emissora para com o projeto "Achei que fosse ousado demais. Apresentei várias opções de minisséries e JK era a última delas. É uma sensação maravilhosa contar a história do Brasil para uma população que sabe pouco sobre o próprio País." As obras de Maria Adelaide poderiam mesmo formar uma espécie de catálogo histórico-dramático do Brasil. Das cinco minisséries que a Globo exibe nas férias de janeiro desde 2000, quatro são de sua autoria. Passou pelo século 16 com A Muralha (2000), chegou ao 19, com A Casa das Sete Mulheres (2003), falou sobre o início do século 20 em Um Só Coração (2004) e agora termina de mostrar o Brasil daquele século com JK.

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