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Começa hoje o 9º MorumbiFashion

Por Agencia Estado
Atualização:

Agora que "o Brazil já conhece o Brasil" - a fundo, aliás -, o MorumbiFashion quer mostrar que "o Brasil tem mais cara de Brasil". Esse é o slogan do evento que começa nesta quarta-feira em São Paulo com sua 9ª edição, divulgando à imprensa e aos empresários da moda os lançamentos do próximo verão. O Brasil com "z" já está tão impressionado com nossa moda, que a imprensa estrangeira vem em peso para o evento. Estão aqui Michael Roberts da revista New Yorker, Karl Plewca da americana Interview, Stephen Gan da Visionaire, Katy Grand da The Fance, e a maior entusiasta da moda brasileira, Isabella Blow, editora de moda do inglês Sunday Times. Também vieram a estilista Deborah Miller e o chapeleiro Philip Tracy, ambos ingleses. Todos atentos ao pool brasileiro que já exportou Versolato, Herchcovitch e Icarius (da Ellus) e está fazendo do país a nova fonte de supermodelos, alavancada pela gaúcha Gisele Bündchen. Esta edição do Morumbi Fashion ocupará uma área de 14 mil metros até próxima terça-feira, dia quatro de julho, no shopping Morumbi, onde deverão circular 8 mil pessoas diariamente. Com o custo de R$ 3,6 milhões, 26 desfiles, algumas exposições e um workshop com Karl Plewca, o evento promete dar aos visitantes internacionais aquilo que eles realmente querem ver: um espetáculo tropical. A começar pela beleza tipo exportação proporcionada por um time que inclui a mega Gisele (que na segunda ganhou o prêmio Abit Fashion Brasil), a M.Officer Ana Claudia Michels, Mariana "Barbra" Weickert, a exceção da Gucci Caroline Ribeiro, Vanessa Maciel, além dos globais Paulo Zulu e Reynaldo Gianecchini, promessas de suspiros femininos. Com essa seleção, dispensou-se até Pamela Anderson, que faria um desfile de praia para a Rygy. O tropicalismo esperado será refletido principalmente nas cores da temporada, bem alegres e quentes, como o amarelo, pink, vermelho e o verde abacate. Os constantes revivals pós-modernos também devem aparecer num visual anos 80, bem exuberante, e na geometria dos anos 40. Promete-se também menos sintéticos e mais algodão, cetim e seda puras. Patchworks - com tricôs, couro e brim - devem misturar-se a tecidos num corte retrô, bem definido e aparente. Porém, uma grande variedade têxtil deve ser vista nessa edição, principalmente por causa dos desfiles de moda praia, que agora também ganham espaço no evento. Apesar de cada segundo do evento merecer atenção particular, os destaques do MorumbiFashion acabam sendo alguns dos estilistas que surpreendem ano após ano, sem necessariamente escadalizar no prêt-à-porter. Renato Loureiro anuncia inspirações de art nouveau e da op art numa linha bem geometrizada, mantendo um toque do origami de sua última coleção. Lino Villaventura, também conceitual, quer trazer o concretismo dos escultores Lígia Clark e Oiticica em tecidos de gaze e organza de seda, ou metalizados ou em contraste com jeans e algodão. Renato Kherlakian traz para a Zoomp cores fortes em tecidos nobres e leves, e às vezes transparências, que foram pouco utilizadas no imprescindível calor da coleção inverno. Fause Haten deve inaugurar uma linha masculina e promete muita exuberância para as mulheres. E Carlos Miele... fica a incógnita de como misturará Carlinhos Brown e a tecnologia têxtil no desfile performático que impreterivelmente prepara.

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