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Começa hoje festival de cinema latino-americano em SP

Por AE
Atualização:

Os Uruguaios, documentário da cineasta Mariana Viñoles, dá início hoje ao 3º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo. Apropriadamente, essa primeira projeção, para convidados, ocorre na Sala Simon Bolívar do Memorial da América Latina. É o ponto de partida de um festival que vem crescendo ano a ano - e nesta edição apresenta nada menos que 121 títulos, exibidos em outras três salas, além das do Memorial, sua sede: CineSesc, Cinemateca Brasileira e Cinusp (na Cidade Universitária). A programação normal rola a partir de amanhã e o ingresso, em todas as salas e sessões, é gratuito. Os Uruguaios faz parte de uma série chamada ''Os Latino-Americanos'', cujos dez primeiros títulos serão apresentados durante o festival. São perfis de países. O de Mariana Viñoles, que estará no Brasil para debater seu trabalho, é de uma delicadeza muito grande na maneira como constrói seu retrato de um país educado, culto, mas que sofre depois de muito tempo de grave estagnação econômica. Mariana busca a palavra de pessoas simples, e traça um painel da realidade no campo à vida urbana em Montevidéu. Nesta edição, o festival foi dividido em vários segmentos. Traz títulos contemporâneos, produzidos entre 2006 e 2008 em países que vão do Haiti à Venezuela, incluindo exemplares que já passaram por alguns dos mais importantes festivais do mundo como Cannes, Veneza e Roterdã. Faz uma retrospectiva, intitulada ''Desdobramentos do Cinema Novo'', com filmes produzidos na época de ouro do cinema latino-americano, anos 60 e 70, e também obras influenciadas pelo espírito desse período. A não perder, o clássico Actas de Marusia, do chileno Miguel Littín. Por fim, o capítulo das homenagens. A primeira, ao argentino Fernando ''Pino'' Solanas, autor (em parceria com Antonio Getino) do clássico La Hora de los Hornos. Solanas participa dia 12 de mesa de discussão de sua obra, que será em boa parte reapresentada no evento, com destaque para Os Filhos de Fierro (1972), baseado no poema épico Martín Fierro, de José Hernández, uma das referências fundamentais de Jorge Luis Borges. A outra homenagem é ao cubano Tomás Gutiérrez Alea, morto em 1996 e autor do maior sucesso internacional de Cuba, Morango e Chocolate. Alea é diretor do filme que muitos consideram o maior de todos já produzidos na América Latina - Memórias do Subdesenvolvimento, de 1968. Mais informações no site www.festlatinosp.com.br. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Memorial da América Latina. Avenida Auro Soares de Andrade, 664, Barra Funda, telefone (011) 3823-4600. CineSesc. Avenida Augusta, 2.075, Cerqueira César, telefone (011) 3087-0500. Cinemateca. Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana, telefone (011) 3512-6111. Cinusp. Rua do Anfiteatro, 181, Cidade Universitária, telefone (011) 3091-3540. Grátis. Até 13/7.

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