PUBLICIDADE

Começa hoje a 5ª Bienal Sesc de Dança em Santos-SP

Por AE
Atualização:

A memória que está impregnada nos casarios antigos e no complexo portuário de Santos será alimentada e reativada de hoje a domingo, quando 43 companhias de dança do Brasil e de outros cinco países tomarão conta da cidade litorânea. Sob o tema ''Memória Que se Inscreve'', mais de 50 espetáculos, oficinas e mesas de debate serão oferecidos ao público dentro da programação da 5.ª Bienal Sesc de Dança, que ocorre concomitantemente com a Mostra Sesc de Artes na capital e em unidades do interior. A estreita relação estabelecida entre o espectador e o criador, em que a passividade e a ação são facilmente confundidas, é o ponto em comum entre os dois festivais. No caso da Bienal de Dança, exemplo disso são as instalações coreográficas que podem atender à mesma função das obras de arte no campo das artes visuais, segundo a coordenadora de dança do Sesc São Paulo, Simone Ingebruch. Mas com muito mais interatividade. Cláudia Müller, do Rio, vai entregar a dança em domicílio, literalmente. De hoje a sexta, ela vai atender a ''pedidos'' por telefone e ''entregá-los'' pessoalmente em locais onde movimentos coreográficos jamais seriam aguardados. Durante 10 minutos, ela vai apresentar uma coreografia suscetível à dissolução no tempo e no espaço. Serão dez entregas por dia limitadas aos canais 4 e 5, que propõem uma discussão, acima de tudo, sobre o papel do consumidor da arte. "Selecionamos trabalhos de alta qualidade técnica, que possuem representatividade no País por sua qualidade. Aqueles que têm como base uma pesquisa muito bem fundamentada e apresentam consistência e coerência com o material teórico", conta sobre os critérios estabelecidos para seleção. De 243 companhias inscritas, 34 foram selecionadas e outros nove foram especialmente convidadas para o evento, entre elas a de Lia Rodrigues com Encarnado, que acabou de passar pela capital, e Ismael Ivo com Mapplethorpe, criado a partir do encontro que teve com o fotógrafo americano em Nova York na década de 80. "Este ano, abrimos inscrição não só para trabalhos inéditos, mas também para coreografias de repertório, para que as companhias e os artistas possam mostrar parte significativa de sua produção", revela Simone. Uma programação de qualidade que deve animar até quem não planejava viajar no feriado. Pode ter certeza de que o bate-volta vai valer a pena. As informações são do jornal o Estado de S. Paulo

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.