Começa hoje 23º Festival de Curtas de São Paulo

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Por AE
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Quando se trata de eventos que se repetem todo ano, é inevitável que seus organizadores se deparem com a questão: O que há de novo? Qual a tendência desta vez? É o caso do 23.º Festival Internacional de Curtas de São Paulo, que começa nesta quinta-feira e vai até o dia 31. E que mais uma vez vai trazer à cidade centenas de produções de dezenas de países, nos mais diferentes formatos e sobre temas mais variados ainda."A tendência está no fato de que cada ano recebemos mais inscrições. Isso demonstra que a produção está aumentando muito no Brasil e no mundo. Com o número, a qualidade aumenta também. Podemos descobrir particularidades de cada país, mesmo que países tenham muitas caras. Tudo é resultado do nosso recorte, mas é um recorte plural e prova a força do gênero", comenta a diretora do festival, Zita Carvalhosa.Quando ela fala de números, vale a pena citar que este ano a mostra recebeu quase três mil inscrições. Destes, pouco mais de 400 candidatos foram selecionados para integrar as diversas programações do evento. Divididas em temas como Panorama Brasil, Internacional, Formação do Olhar, Infantil, Feminino Plural, entre outros, revelam o que há de mais novo e diverso da produção nacional e internacional. "Uma das vantagens é que é um formato muito atual. Por sua produção ser mais enxuta, e muitas vezes mais simples que a de um longa, em geral diz mais sobre o presente", observa.São estes pequenos retratos do mundo que chegam às diversas salas em que o festival ocorre. É o caso de "O Vestido de Laerte", de Pedro Marques e Cláudia Priscila (que já realizou longas como "Leite e Ferro"). Com olhar criativo e delicado, os diretores retratam o cotidiano do cartunista Laerte, que precisa conseguir um certificado. Quem acompanhou a recente polêmica sobre o direito de Laerte de frequentar lugares usualmente restritos às mulheres sabe que o tema é urgente.Já "Porcos Raivosos", que integrou a Quinzena dos Realizadores do último Festival de Cannes, é prova de como a produção simples e enxuta a que se refere Zita pode render filmes complexos e encantadores. Com direção dos brasileiros Isabel Penoni e Leonardo Sette, é inovador ao retratar de forma descomplicada o ritual indígena de grupo de mulheres que decide fugir ao descobrir que seus maridos se transformaram misteriosamente em porcos furiosos. O festival também abre espaço em memória de Carlos Reichenbach e Gustavo Dahl. Carlão ganha sessão Comodoro especial (4.ª, 22 h), no Cinesesc. Já o cineasta e montador Dahl é lembrado com o lançamento da Coleção CTAv de DVDs (3.ª, 18h30), na Cinemateca. Para completar, destaque para a chance de se discutir os curtas com seus realizadores. Para isso, todos os dias, haverá debates com convidados às 11 h, na Cinemateca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.FESTIVAL DE CURTASSalas de exibição: Cinemateca, Cinesesc, MIS, Espaço Itaú Augusta, Cine Olido, Cinusp. Programação: www.kinoforum.org

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