20 de outubro de 2010 | 10h02
Num momento em que as ferramentas de produção e disseminação de imagem se tornam cada dia mais híbridas, levando-nos a refletir também sobre o conceito da própria imagem, os debates do Fórum pretendem defender a existência, sim, de um espaço fotográfico, que aumenta a cada ano, e checar a produção contemporânea: discussões que começaram a ser fomentadas na primeira edição do encontro, em 2007, quando pela primeira vez se tentou criar uma rede de intercâmbio entre fotógrafos, produtores culturais e curadores latino-americanos para discutir fotografia. Três anos depois, com a rede de intercâmbio já mais consolidada, as questões que definem a produção da nossa imagem são intensificadas por meio de depoimentos de fotógrafos como o cubano Alberto Morell, há anos radicado no Estados Unidos, ou o italiano Paolo Gasparini, que vive na Venezuela.
Além do Fórum, há também a mostra História de Mapas, Piratas e Tesouros, com curadoria de Eduardo Brandão e cocuradoria do coletivo Cia. de Foto. O título vem numa alusão lúdica: "Queria algo que fizesse sentido dentro do desenvolvimento da história da fotografia e discutir o sentido de imagem hoje."
A questão dos mapas apareceu ao verificar que os fotógrafos, por meio de suas obras, procuram entender sua geografia e a cidade na qual haviam nascido. A noção de Tesouros se deu pela forma de apresentação dos trabalhos: "Com tecnologia digital, em vez do conhecido portfólio, muitos apresentam suas fotos já sob a forma de livro", explica Brandão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
2º Fórum Latino-Americano de Fotografia - Itaú Cultural (Av. Paulista, 149). Tel. (011) 2168-1776. 9h/20h (sáb. e dom., 11h/20h). Grátis. Até 24/10. Informações: www.forumfoto.org.br/pt
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