03 de agosto de 2009 | 09h22
Um filme brasileiro foi escolhido para abrir o festival. "Tempos de Paz", de Daniel Filho, adaptado da peça "Novas Diretrizes em Tempos de Paz", de Bosco Brasil, já encerrou o Festival de Paulínia. O filme não se liga necessariamente à cultura judaica, mas um dos atores, Dan Stulbach, é judeu, a história remete a experiências vividas por imigrantes poloneses durante a 2ª Guerra. Outros títulos devem se destacar. "Tehilim - O Livro dos Salmos", do diretor Raphael Nadjari, é dos melhores. Outro diretor, o checo Jiri Chlumsky virá à cidade para apresentar pessoalmente "Promessa Rompida", melhor filme segundo o júri popular do Festival de Cinema Judaico de Los Angeles deste ano, que conta a história (real) de Martin Friedmann, jogador de futebol que viu a família ser levada para os campos de concentração da Polônia e, como reação, se uniu aos partisans.
A maioria desses filmes já foi testada - e aprovada - em outros festivais. "Aritmética Emocional", de Paolo Barzman, passou no Festival Judaico de Boston. Susan Sarandon sobreviveu ao horror do nazismo, casou-se e constituiu família no Canadá, mas agora a chegada de dois visitantes a leva a confrontar um passado que preferiria esquecer. "Acne", do uruguaio Federico Veiroj, foi premiado em San Sebastián (e ganhou o Goya de melhor filme estrangeiro em língua espanhola). "A Onda", de Dennis Gansel, repercutiu bem em Sundance. Em "Duas Senhoras", de Philippe Faucon, que também passou em Boston, uma jovem enfermeira árabe, cansada de ser discriminada por sua ascendência, vai dar atenção a uma judia rica (e idosa). E em "Estranhos", de Erez Tadmor e Guy Nattiv - Sundance, Festival de Boston, Mostra de São Paulo - um israelense e uma palestina iniciam uma relação intensa.
Será interessante acompanhar "Trabalho de Árabe", de Ron Ninio, primeira série israelense a retratar uma família árabe. Na rigorosa seleção de documentários, Raphael Nadjari, de "Tehilim", conta uma história do cinema israelense. "Novos Lares", de Radamés Vieira, investiga a comunidade judaica de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e "Ser Judeu na França", de Yves Jeuland, retraça, desde o Caso Dreyfuss, a história do antissemitismo no país. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
13º Festival de Cinema Judaico - Cinemark Pátio Higienópolis. Avenida Higienópolis, 618, tel. (011) 3823-2875. R$ 8. Cinesesc. R. Augusta, 2.075, tel. (011) 3087-0500. R$ 8. A Hebraica. R. Hungria, 1.000, tel. (011) 3818-8888. Grátis (Teatro Anne Frank); R$ 8 (Teatro Arthur Rubinstein). Teatro Eva Herz - Livraria Cultura. Avenida Paulista, 2.073, tel. (011) 3170-4033. Grátis.
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