PUBLICIDADE

"Com o perdão da palavra, sou intelectual"

Por Agencia Estado
Atualização:

O sr. tem familiaridade com o meio cultural paulistano? Marco Aurélio Garcia - O meio cultural paulistano é uma coisa muito vasta. Acho que ninguém tem familiaridade assim. Eu me informo, tenho interesse pela área cultural há muitos e muitos anos e, com o perdão da palavra, sou intelectual. Nesses anos em que atuei como Secretário da Cultura em Campinas, e coordenei Programas de Governo do Lula por duas vezes, no qual a cultura tem uma parte importante, conheci muita gente da área. Mas acho que dos problemas em geral sim, tenho bastante conhecimento. E, com a maior humildade, estou tentando me informar o máximo possível e ouvir as pessoas. Quero ouvir muito, acho que essa é uma função política, basicamente. A vantagem talvez de ser alguém não vinculado a uma área, como teatro, cinema, música, é de incentivar o sujeito a ser generalista. Um amigo meu costumava dizer "especialista em generalidades", o que posso me considerar quanto à cultura. Pois apesar de ter minhas simpatias - pretendo tratar bem da Orquestra Sinfônica e do Municipal - mas não posso ser o Secretário de Cultura do patrimônio histórico, do teatro, do Centro Cultural, do cinema. Temos que ampliar as fronteiras da política cultural. O sr. tem articulado contatos com representantes da classe artística? Hoje (ontem) à tarde vou me reunir com o Sérgio Mamberti aqui no gabinete. Minha primeira audiência. É meu reconhecimento à pessoa do Sérgio. Além de grande ator, é alguém que batalhou muito no campo da cultura, tanto que o nome dele foi um dos que circulou, com muita justiça, para o cargo de Secretário de Cultura. E eu tive a oportunidade de várias vezes trabalhar com ele, quando se mostrou muito preocupado também com temas relacionados aos meios de comunicação. Mas eu quero conversar com todo mundo, e quero deixar claro que inclusive com aqueles que não são eleitores da Marta. Nós não somos a Secretaria de Cultura do PT ou dos partidos que formam a base de apoio, mas qualquer pessoa que tenha contribuição, e muitas têm, serão tratadas com absoluta igualdade.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.