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Com Gisele, Fashion Rio abre temporada 2007

Semana da moda carioca terá 33 desfiles; evento deve atrair 70 mil pessoas

Por Agencia Estado
Atualização:

O inverno de 2007 já começou no Rio e não é porque o sol decidiu ausentar-se desde o último dia do ano passado. Com desfiles da grife infantil Lilica Ripilica e do estilista Walter Rodrigues, começa neste domingo a 23ª edição do principal evento de moda da cidade, a Fashion Week, para exibir as roupas e acessórios que estarão à venda daqui a seis meses. O megaevento envolve mais de 70 mil pessoas (3,5 mil trabalhando na produção), que passarão pelas tendas e estandes armados na Marina da Glória, zona sul, para ver - e, quem sabe, comprar - produtos de 150 empresas do setor. Entre elas há gigantes como a Tessutti e a Colcci, que trará a top Gisele Bündchen para desfilar na sexta-feira, e microempresas como as confecções de lingerie de Nova Friburgo, um dos pólos moda íntima do Estado do Rio. A cereja do bolo são os 33 desfiles que ocorrem, em sua maioria, nas grandes tendas armadas nos jardins da Marina, com capacidade para mil pessoas cada e pomposamente chamadas de Salões Copacabana, Ipanema e Corcovado. Além da super ultra Gisele, outros nomes consagrados estarão na passarela: as brasileiras Raquel Zimmerman e Bárbara Fialho, a russa Yevgeniya (pronuncia-se Eugênia) Kedrova, e algumas caras novas como Sheila Baum, Carol Francis e Monique Olsen. A idéia é mostrar as roupas para mais de 150 compradores de grandes lojas brasileiras (como a brasiliense Magrella e a gaúcha Twin Set) e 30 estrangeiros, mas cada grife prepara um show, às vezes convidando diretores consagrados como Bia Lessa, que coordena o desfile da Mara Mac amanhã. Na tentativa de inovar, até a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, regida por Sílvio Barbatto, foi chamada a participar e locais inusitados vão virar passarela, como uma concessionária de carros de luxo em Botafogo (zona sul), que será o cenário da grife Alessa na quarta-feira, e o Real Gabinete Português de Leitura (centro), que abriga o desfile de Walter Rodrigues. Ele é o estilista que vestiu dona Marisa Letícia de amarelo total na posse de seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alguns profissionais, como Marco Maia e Luciano Canale, da Santa Ephigênia, desfilam no Fashion Rio desde 1993, quando o evento ainda era a semana de moda de um shopping carioca. Outros estréiam este ano, como Eliza Conde, filha do atual secretário de Cultura do Estado, Luiz Paulo Conde (que já foi vice-governador e prefeito do Rio). Todos consideram o evento a melhor vitrine para suas criações e um trampolim para crescer sua produção. ?O movimento de vendas no Fashion Business é sempre uma incógnita, pois há muitas variáveis e o mercado de moda classe A, que é nosso foco, não cresce há muitos anos. O próprio País tem crescido pouco?, comenta a idealizadora e coordenadora do evento, Heloísa Simão. ?No ano passado, nesta mesma mostra da moda inverno, fechamos negócios no valor de R$ 304 milhões e esperamos crescer 15%, mas o importante é consolidar o mercado?, continua. Ligada nas novas tendências que indicam uma roupa mais prática, mas explorando tecidos e modelagens sofisticadas, ela não perde a visão empresarial. ?A moda é uma grande locomotiva econômica, gera emprego e mão-de-obra especializada, traz inclusão social e financeira para milhares de pessoas?, diz. Não é por acaso que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entrou para o rol de patrocinadores do Fashion Rio, um pool de empresas liderados pela operadora de telefonia celular Oi (da Telemar), do qual fazem parte ainda a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o Senai, o Senac e os Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Relações Exteriores. Para Heloísa Simão, a importância do Fashion Rio vai além indicar que, no inverno de 2007, as mulheres vão usar roupas curtas (tendência a se conferir nos desfiles), texturas misturadas (outra constante nas previsões) e elementos culturais diversos numa mesma roupa (também previsto). ?O mercado de trabalho da moda é o que mais cresce no País e cria empregos para todas as classes sociais?, ensina ela. ?A maturidade desse mercado se reflete no sucesso das nossas modelos no exterior. Sem respaldo interno, elas não teriam base para uma carreira internacional.?

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