Com fome de quê?

O Guia resolveu ajudar a definir qual das ‘casas’ tem a melhor ‘sala de jantar’

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Por Redação
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Melhor   Para quem está indeciso sobre o que comer, o ideal é apelar para um shopping com muitas alternativas. E isto o Morumbi (foto) tem de sobra. São 59 opções bem-variadas: há restaurantes self-service e à la carte - incluindo japoneses, chineses, italianos e árabes -, sorveterias, lanchonetes e cafés em suas duas praças de alimentação. Na avaliação, ele fica à frente de shoppings que têm até mais variedade, mas não tanta qualidade. Logo atrás, quase empatado, está o Iguatemi, também com muitas opções de boa comida.   Só arroz com feijão   Pior   As piores praças de alimentação no que diz respeito à variedade são aquelas que, além de contarem com poucos restaurantes, não diversificam o tipo de cozinha. No Campo Limpo (foto), por exemplo, entre as dez lojas da praça de alimentação, a maioria serve lanches ou petiscos. Outros sete shoppings são ruins neste item: Capital, Santana, Metrópole, Fiesta, Center Lapa, Osasco Plaza e Bonsucesso.   O dono da Ásia no Morumbi   Três restaurantes exclusivos se destacam por formar a ala asiática do Espaço Gourmet, no Morumbi Shopping: o Ganesh (foto), o Forbidden City e o House of Siam. São bem-decorados e servem pratos de comida indiana, chinesa e tailandesa, respectivamente. Todos pertencem ao empresário indiano Mukesh Chandra.   No almoço, um pouco de classe   O Gero Caffè, da família Fasano, deixa o piso Faria Lima, do Iguatemi, ainda mais charmoso. Não somente pela decoração, mas principalmente pelo menu especial. A refeição pode começar com bolinho de risoto com mussarela de búfala para, então, chegar ao prato principal: penne com berinjela e queijo pecorino.   Conforto à mesa   Melhorn Uma boa acomodação não se consegue apenas com conforto. Itens como limpeza, iluminação, agradabilidade e até mesmo beleza também são importantes. E, na somatória de tudo isso, as praças que saíram ganhando foram as do Eldorado e do Jardim Anália Franco (foto), no Tatuapé.   Além de todas as qualidades das praças do Eldorado, a decoração simpática da mais antiga delas merece atenção. Na da Fonte, a impressão que se tem é de estar em uma vila européia, com suas janelas floridas e o chafariz.   Na da Anália Franco, os principais destaques são o conforto das cadeiras, a mobilidade das mesas - que são soltas e não fixas - e a claridade da praça, o que proporciona um ambiente agradável.   Que dureza!   Tudo bem que o conceito é de fast food. Mas nem por isso a acomodação precisa ser tão ruim que dê vontade de comer logo e ir embora. Na praça do Center Lapa (foto), os móveis são malconservados, com riscos e tinta descascada, e a cadeira é extremamente dura e desconfortável. Não há posição que não incomode a coluna. Dá até para perder o apetite. É o que acontece a algumas pessoas que visitam o Bonsucesso, em Guarulhos. Só é possível ficar ali quando a fome é enorme. Sujar os cotovelos com gordura e catchup impregnados nas mesas é inevitável. A esta altura, o balanço da mesa passa a ser até um incômodo menor. Os mesmos problemas de desconforto e má conservação são encontrados no Osasco Plaza. Fuja deste trio.   A cadeira está à venda?   Sentar-se à mesa com relativo conforto em uma praça de alimentação não é tarefa das mais fáceis. Chega a ser quase impossível se levarmos em conta que a maioria das cadeiras é de plástico, acrílico ou ferro. Ou seja, maciez zero.   Mas há exceções e o Shopping ABC, em Santo André, comprova isto. Ele não só tem móveis bons e conservados como traz algo inédito: cadeiras com assento e encosto estofados. Macias, elas são um alívio para pés e coluna após as compras.   Quero esta faxineira   Melhorn Se no conjunto da obra a praça de alimentação do Eldorado foi imbatível, no item limpeza a do Iguatemi (foto) não teve concorrentes. Mesmo cheia de gente, seus lixos estavam vazios, não havia restos nas mesas e o chão chegava a brilhar. É tudo tão limpo que nem parece um lugar movimentado. A equipe da faxina está de parabéns. Apesar da superioridade do Iguatemi, as praças dos shoppings Villa-Lobos, ABC, Bourbon Pompéia, Center 3, Butantã, Penha e Itaquera também merecem ser citadas pela boa higiene.   Mais cuidado, sim?   Pior! Um resto de catchup na mesa, bandejas esquecidas aqui e ali, lixeiras transbordando e poucos funcionários para limpar a bagunça. Este cenário, que chega a ser uma afronta ao consumidor, existe em mais shoppings do que se pode perdoar. Bonsucesso, o pior em todos os itens, não está sozinho nessa. Na mesma lixeira estão também Santa Cruz (foto), Shopping D, West Plaza, Suzano, Metrópole e SuperShopping Osasco.   Mil lugares limpos a jato   O Shopping Metrô Itaquera saiu na frente ao criar a Central de Alimento. São três quiosques espalhados pela praça que garantem eficiência e rapidez na limpeza e na higienização dos 1.000 lugares de sua praça.   Uma olhadinha após a refeição   Quem quer apenas lavar as mãos ou se olhar no espelho após a refeição não precisa mais ir ao banheiro. Na praça do Bourbon há pias com espelhos.   Atenção aos cestos coloridos   Os shoppings paulistanos são, em sua maioria, bem-preparados para ajudar o meio ambiente, pelo menos reciclando o lixo das praças.   Tempos mais iluminados   Melhorn Enxergar o que se está comendo é um requisito básico para tornar a hora da alimentação uma experiência agradável. Por isso, praças com tetos de vidro como as do Higienópolis (foto), do Plaza Sul, do Market Place e do Itaquera acabam se sobressaindo das demais por deixar a luz natural entrar e, ainda, economizarem energia - muito embora não sejam muito práticas por volta das 18h, quando o sol já não é suficiente e as luzes não foram totalmente acesas. Outros shoppings também merecem menção. O espaço gastronômico do Eldorado e a praça do Metrô Boulevard, por exemplo, têm grandes janelas laterais que facilitam a entrada de luz.   Pior! Por outro lado, iluminação demais ou de menos atrapalha. O Bourbon, por exemplo, tem várias áreas escuras em sua praça de alimentação. Já no Ibirapuera, o cliente que estiver no piso Jurupis pode se sentir ofuscado pela quantidade exagerada de claridade, provocada pela iluminação artificial.   Abaixe o volume, por favor!   Pior! Deveria existir um controle remoto que abaixasse o volume das praças de alimentação, pois é quase impossível falar ao telefone ou simplesmente conversar com um amigo sem escutar a conversa alheia. Sem falar nos shoppings que possuem música ao vivo e música ambiente sobrepostas. Nem mesmo os mais refinados escapam do zumbido ensurdecedor - neste item, não há sentido em premiar o de ‘menor ruído’.   Alguns se destacam pelo forte barulho, como Frei Caneca (foto), Ibirapuera, Aricanduva, Metrô Tatuapé e Metrópole. Dez shoppings conseguiram, ao menos, não provocar dor de cabeça com o barulho e foram considerados bons. São eles: Eldorado, Center Norte, ABC Shopping, Market Place, Plaza Sul, Paulista, Santana Parque, Raposo, Nações Unidas e Shopping D. Mas suas praças não estavam lotadas nos dias visitados.

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