Coachella, shows e egos a 38 graus

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Por Bruno Boghossian , INDIO e EUA
Atualização:

Com mais de 180 bandas em três dias de shows, a 12.ª edição do Coachella Valley Music and Arts Festival, no deserto da Califórnia, manteve a tradição de consagrar artistas emergentes, celebrar retornos e apresentar bandas desconhecidas para o público de 75 mil pessoas num calor de 38 graus. O destaque ficou com a performance memorável do Arcade Fire, no sábado. Transbordando prestígio, surfando na conquista do prêmio Grammy de melhor álbum e com o status de atração principal da noite, a banda arrastou um dos maiores públicos do festival para o Coachella Stage. No domingo, os Strokes mostraram que conseguiram manter o DNA roqueiro, com seus tradicionais vocais abafados e as melodias alegres desenhadas por suas guitarras. Já o rapper Kanye West não só encerrou uma das noites, como foi o escolhido para fechar o festival: mais uma oportunidade para mostrar que ele é mesmo campeão no quesito ego inflado. Na sexta-feira, boa parte do público se concentrou para ouvir Chemical Brothers, o soul de Lauryn Hill, o rock clássico da dupla Black Keys e o som sulista do Kings of Leon. O rapper brasileiro Emicida, que, depois de enfrentar uma batalha para conseguir o visto para os EUA, chegou tarde demais à Califórnia e perdeu o horário de seu show na sexta. Apesar dos problemas, subiu ao palco do Oasis Dome perto de meia-noite e mostrou suas rimas ácidas para um público de pouco mais de 20 pessoas, a maioria de brasileiros.O Brasil foi representado mais uma vez no sábado, com o duo eletrônico The Twelves e o drum"n"bass do DJ Marky.A representante brasileira do domingo foi a banda paulista CSS, com uma performance ultraentusiasmada da vocalista Lovefoxxx. Ela se jogou quatro vezes sobre a plateia, arrancou as calças e pulou de um lado para o outro por quase 50 minutos, acompanhada pelo público nos hits Alala e Let"s Make Love.

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