CNT e Gazeta encerram parceria e anunciam nova fase

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Por Agencia Estado
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Termina no próximo dia 1º de junho o acordo que unificava a programação das redes de televisão CNT e Gazeta. Encerrada de forma amigável, o fim da parceria foi apontada pelas duas emissoras como a saída natural para o crescimento e expansão de ambas. Durante uma entrevista coletiva realizada hoje à tarde na sede da Gazeta, a superintendente de programação da emissora, Marinês Rodrigues, explicou que a não renovação do contrato significa apenas que as duas emissoras já têm condições de desenvolver uma programação própria e de qualidade. "As duas emissoras evoluíram bastante nos últimos anos e a separação acabou sendo algo natural. Não houve sequer um ´leilão´ para disputar os artistas que ficaram na casa: todos tiveram opção para escolher em qual das duas emissoras gostaria de trabalhar", explicou. Todos, com exceção de Ronnie Von, apresentador do "Mãe de Gravata", permanecem na grade da emissora. "O Ronnie não aceitou apresentar o programa na parte da manhã, como sugerimos, e decidiu ir para a CNT", acrescentou. Marinês também destacou que a emissora conta atualmente com 20 repetidoras instaladas em cidades do interior de São Paulo e deve inaugurar mais 18 até o segundo semestre de 2000. "Nossa intenção é alcançar cerca de 60 repetidoras em cidades paulistas com mais de 100 mil habitantes". Além do sinal por UHF na capital e interior, a Gazeta também é transmitida via Net, TVA e Directv. Ao menos por enquanto, a programação da Gazeta, que chegava a outros estados graças à parceria com a CNT, se encerrará a partir de 1º de junho, mas de acordo com o superintendente Silvio Alimari, esse quadro pode durar pouco tempo. "É óbvio que não temos a audiência de uma Globo, mas temos que respeitar os telespectadores do Rio, de Minas, por exemplo, que acompanhavam nossa programação. Já fomos procurados por algumas praças interessadas em retransmitir o nosso sinal, mas no momento, nossa preocupação é expandir o sinal pelo interior". Sede própria Já na CNT, que alugou uma antena na Avenida Paulista para poder transmitir seu sinal, a nova fase também significa apostar alto, algo em torno de US$ 10 milhões só em São Paulo. A partir do dia 8 de junho, a emissora inaugura sua sede própria, na Alameda Santos, de onde já são transmitidos alguns programas. Por enquanto, o sinal da CNT continua sendo recebido pelos sistemas a cabo Net e TVA e por satélites (SKY e Directv). Em São Paulo, a freqüência dos canais de VHF e UHF devem ser definidos até a próxima sexta-feira. "Estamos selecionando entre cinco canais, para ver em qual deles o sinal chega com maior potência", explica o jornalista Cláudio Magnavita, responsável pelo setor de Comunicação e Marketing da CNT. "Durante os primeiros 30 dias, estaremos utilizando um transmissor de 10kw, mas a partir de julho, estaremos operando com um de 60 kw, que será o mais potente de São Paulo", adiantou. Para sua linha de musicais, a CNT já conta com um teatro da Avenida Brigadeiro Luís Antonio, alugado exclusivamente para a transmissão de programas como "Vida de Artista" e "Família Sertaneja", entre outros. Esses programas, que tinham à frente o produtor Nei Macedo e o cantor Marcelo Costa, respectivamente, terão novos apresentadores, já que os dois artistas ficaram na Gazeta, com programas semelhantes (Costa vai comandar "Festa Sertaneja" e Nei vai produzir "Bastidores da Fama"). A programação definitiva da emissora presidida por Flávio Martinez deverá ser divulgada a partir do dia 2, em conjunto com uma intensa campanha publicitária que divulgará a nova fase da CNT. A busca pela audiência é uma das metas da emissora, segundo o diretor presidente, que não nega estar entrando com tudo na guerra pelo Ibope. "Não estamos aqui para fazer figuração, vamos lutar pela a audiência como as grandes emissoras", assegura Martinez.

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