Clooney volta aos cinemas em 'Um Homem Misterioso'

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Por AE
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O ator George Clooney já viveu um pacificador, ao lado de Nicole Kidman, em 1997. Treze anos depois, em seu novo filme, "Um Homem Misterioso", que estreia hoje, ele está sozinho e do outro lado das armas. Na pele de Jack, Clooney não vive propriamente um matador - apesar de saber manejar bem armas e de fornecer ferramenta para assassinos. O ator, famoso pelos papéis de galã, dá a justa medida de silêncio e angústia que o personagem exige.Jack mata para não morrer. Tem as mãos de artesão, não de artista, como define um padre amigo. É que ele se faz passar por um fotógrafo que viaja pelo mundo, para encobrir sua verdadeira identidade: a de inventor de armas. E as constrói com suas próprias - e habilidosas - mãos, customizadas de acordo com as necessidades do cliente. Em certos momentos, ele faz lembrar um famoso personagem da TV dos anos 1980, MacGyver, que a partir de materiais simples, encontrados aleatoriamente, conseguia criar verdadeiros arsenais. Preste atenção na cena em que Jack entra numa oficina mecânica e começa a garimpar peças de metais que lhe serão úteis numa nova encomenda. Por causa de suas habilidades - e por abastecer gente inescrupulosa - é que vira alvo de revanchistas. O que o torna um homem solitário, sem endereço fixo, que tem de sair pelo mundo se escondendo pelos cantos, nas sombras. Não criar vínculos também faz parte da missão, como Pavel (Johan Leysen), para quem ele trabalha, lhe lembra sempre. Os motivos são conhecidos: ou a pessoa com quem se envolve é traidora ou acaba morta por estar ao seu lado.Mas Jack está cansado dessa vida. E de não criar vínculos. Deixa três corpos mortos para trás - de dois assassinados e de um companheira - e parte para Roma. Lá, recebe ordens para se refugiar numa cidadezinha italiana, enquanto aguarda uma nova encomenda. Para ele, será a última. A região de Abruzzo, onde se instala, se mostra perfeita: é repleta de penumbras e ruas labirínticas por onde pode se esgueirar.Num quarto alugado, começa a se dedicar ao novo trabalho. Mas, infringindo todas as recomendações, o homem solitário, misterioso e de poucas palavras continua a desejar o convívio. E meio sem querer, o forasteiro americano se aproxima do padre local, o simpático Benedetto (Paolo Bonacelli). Inicia um romance com a prostituta Clara (a bela Violante Placido). Mas ao mesmo tempo que Jack quer a redenção e uma vida normal, matadores no seu encalço o fazem recordar de seu passado - e de seu verdadeiro presente. As informações são do Jornal da Tarde.

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