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Cisne Negro e Stagium apresentam-se em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O Sesc Vila Mariana dá seqüência ao De Ponta a Ponta, um programa que abre espaço para variados grupos de dança mostrarem suas coreografias. Amanhã e sexta-feira, o Balé Stagium mostrará Old Melodies e Na Neblina. No fim de semana é a vez do Cisne Negro com Danses Concertantes, Fruto da Terra e Trama. Após as apresentações, à noite, haverá um debate com convidados e platéia. O Stagium apresenta duas coreografias que, de acordo com a diretora da companhia, Marika Gidali, levam ao público um pouco da variada produção do grupo. "Na Neblina é uma peça curta, com 20 minutos de duração, criada a partir de uma música homônima do compositor Léos Janácek. Um trabalho contemporâneo, que explora os movimentos e gestos. O figurino cinza e o cenário negro reforçam o clima sóbrio da peça. No caminho contrário, Old Melodies explode em cores, teatralidade, com uma narrativa bem humorada. "É o resultado da convivência que tivemos com cantores da época da Rádio Nacional e da pesquisa que fizemos em cima do teatro de revista, que criticava, via sátira, todo o sistema político e social de sua época", conta o coreógrafo Décio Otero. Marika reforça a idéia: "Este é um balé crítico e político, bem à moda da companhia." Este ano é especial para o Stagium e para toda a dança brasileira. O balé está comemorando 30 anos de resistência, com um espaço especial na história da cultura do País. Desde outubro de 1971, data da primeira apresentação, o grupo tem como característica levar a arte para todos os lugares. Nos anos 70 eram organizadas caravanas que percorriam o Brasil. "Os bailarinos dançavam em todos os cantos, em qualquer palco, em qualquer lugar", lembra Marika. Nestas três décadas de existência, o grupo desenvolveu uma série de trabalhos paralelos às atividades da companhia. Atualmente, com o apoio da Secretaria de Cultura, estão em ação o Projeto Escola, o Joaninha e aulas e espetáculos em unidades da Febem. As apresentações no Sesc são uma oportunidade para o público conhecer melhor o grupo e o trabalho. Após o espetáculo, haverá um debate entre os criadores e a crítica Cássia Navas. Ela também conversará com quem estiver presente nas noites em que o Cisne Negro estiver no palco. A companhia, que acaba de chegar de uma turnê por Nova York, mostrará as coreografias Danses Concertantes, Fruto da Terra e o mais recente trabalho, Trama. Danses Concertantes, de 1998, é uma criação do neozelandês Mark Baldwin, com o apoio do The British Council. Fruto da Terra, do israelense Itzik Galili, conta a vida no campo ao som de Mercedes Sosa. Trama, que aborda a miscelânia cultural do Brasil, foi criada por Rui Moreira - bailairino e coreógrafo que começou na companhia, foi para o Grupo Corpo e atualmente está a frente da Cia. Será Que?. A coreografia explora culturas e costumes brasileiros, com ritmo marcado por Lenine e Mestre Ambrósio e figurinos feito com as rendas de Eduardo Ferreira. De Ponta a Ponta - Quinta e sexta, às 21 horas. Apresentação do Ballet Stagium com os espetáculos Na Neblina e Old Melodies, de Décio Otero. Duração 1h40. E sábado, às 21 horas; e domingo, às 18 horas. Grupo Cisne Negro Companhia de Dança com os espetáculos Danses Concertantes, de Mark Baldwin, Fruto da Terra, de Itzik Galili, e Trama, de Rui Moreira. Duração 2h20. De R$ 5,00 a R$ 10,00. Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141, tel. 3080-3000.

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