Cirque du Soleil indeniza acrobata portador de HIV

Companhia se disse arrependida de ter demitido Matthew Cusick e lhe pagou US$ 600 mil. É a maior indenização para casos de HIV da história

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Cirque du Soleil aceitou pagar US$ 600 mil para encerrar um processo movido por um ginasta foi demitido da companhia canadense no ano passado por ter contraído o vírus HIV. Conhecida por seus números ousados, a companhia disse que Matthew Cusick, de 32 anos, era uma ameaça aos outros artistas. "Eles disseram que eu era um perigo, não só para os artistas, mas também para a equipe toda e possivelmente para o público", contou Cusick. O acrobata Cusick voluntariamente comunicou a empresa sobre a doença. Passou quatro meses treinando com o grupo e foi demitido dias antes do show Mystere, em Las Vegas. Em julho de 2003, seis meses após Cusick iniciar o processo, o Cirque du Soleil ofereceu-lhe de volta o emprego. Mas o ginasta recusou. "Não poderia voltar a trabalhar para uma empresa que ficou contra mim", disse. A companhia declarou por meio de sua assessoria que se arrepende da demissão e que não tinha informações suficientes sobre o HIV e os modos de transmissão da doença. Meses de negociação resultaram no acordo milionário, assinado ontem. Trata-se do mais caro de todos relacionados à discriminação de portadores do HIV. O circo também se comprometeu a dar um treinamento anual contra a discriminação para seus funcionários de todo o mundo e a não tolerar a discriminação.

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