Cineasta Polanski recorrerá em Zurique contra extradição aos EUA

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Por EMMA THOMASSON E ESTELLE SHIRBON
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O cineasta Roman Polanski, preso na Suíça acusado pelos Estados Unidos de ter tido relações sexuais com uma menina de 13 anos em 1977, apelará contra sua extradição aos EUA, afirmou seu advogado nesta segunda-feira. Polanski, 76, que tem nacionalidades francesa e polonesa, foi detido no sábado após desembarcar para receber um prêmio pelo conjunto de sua obra no Festival de Cinema de Zurique, na Suíça. "Ele está com vontade de lutar e determinado a se defender", disse Herve Temime, advogado de Polanski, em entrevista à rádio France Info, acrescentando que seu cliente estaria atordoado pela prisão, pois é um visitante regular da Suíça e é dono de um chalé no resort de Gstaad. "Começamos o processo pedindo sua libertação, que deverá ser feita hoje (segunda-feira) a princípio", disse Temime. "Não há nenhum motivo em lei, ou nos fatos ou termos da justiça mais básica para manter Roman Polanski um único dia na prisão", acrescentou. Um porta-voz do Ministério da Justiça disse ser teoricamente possível que Polanski possa ser libertado mediante o pagamento de fiança, embora isto seja pouco provável. "Os critérios para a fiança são muito rigorosos", disse o porta-voz, Guido Balmer. Polanski foi detido nos EUA em 1977 e acusado de oferecer drogas e álcool a uma menor, Samantha Geimer, e ter relações sexuais com ela. Desde então, Geimer diz que Polanski não deveria sofrer nenhuma punição. Durante visita a Paris nesta segunda-feira, a ministra da Economia suíça, Doris Leuthard, disse que o país não teve escolha a não ser cumprir um mandado de prisão internacional contra Polanski. (Reportagem adicional de James Mackenzie em Paris)

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