
04 de maio de 2012 | 10h26
O filme de Silveira é belo, naquela linha de cinema narrativo e emocionante, com forte apelo musical, que vem sendo a praia do diretor de 2 Filhos de Francisco. Durante a realização, ele sofreu uma perda grave e ontem, abraçado às filhas no palco do Cine-Teatro Guararapes, ele dedicou o prêmio à mulher que morreu, Renata. Essa perda está presente no filme, que trata de reparação, de pais e filhos, de encontros e desencontros. Tudo isso também está presente em Paraísos Artificiais, mas o filme de Silveira é mais pudico, com suas românticas canções de Roberto Carlos. O outro, sobre fundo de raves, tem drogas e safadeza. É sensorial, com suas cenas de sexo que querem ser, acima de tudo, ?plásticas?.
Boca, ex-Boca de Ouro, já tem dois anos ou mais. A cinebiografia de Hiroito, célebre bandido da Boca do Lixo, serve a um retrato das transformações de São Paulo e o diretor chega a dizer que fez um verdadeiro documentário sobre a prostituição na cidade (embora tenha sido filmado em Santos - sairia muito caro maquiar o centro de Sampa para lhe devolver o ar dos anos 1950 e 60). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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