22 de junho de 2015 | 10h29
Depois de 11 anos de existência, a Virada Cultural não é apenas uma maratona de shows e espetáculos. Tanto público quanto artistas trouxeram para as ruas de São Paulo discursos sobre as questões políticas que estão na agenda do País e, até mesmo, do exterior. Quem assistiu ao show de Caetano Veloso, por exemplo, viu faixas sobre a redução da maioridade penal, racismo e a favor da Palestina.
Virada Cultural 2015
Confira abaixo cinco momentos políticos do evento deste ano:
A frase de Ricardo Boechat a Silas Malafaia foi repetida por um dos membros da banda de Lenine na canção 'Candeeiro Encantado'. O trio Metá Metá também protestou contra a intolerância religiosa: "Algum órgão tem que fiscalizar esses pastores"
A polêmica sobre a turnê de Caetano Veloso e Gilberto Gil em Israel também esteve presente no show de ‘Cae’. O público estendeu uma bandeira da Palestina e o cantor baiano respondeu à pressão. "A todos que dizem 'Israel, não', eu digo ‘Palestina, sim'"
Nando Reis agitou o público. Enquanto cantava ‘Por onde Andei’, relatou a criação da música que foi escrita após um assalto que sofreu com sua namorada. Ao lembrar a sensação de estar sob a mira de uma arma, disse que “quem ameaça é pior que quem mata”.
Vestido de branco em homenagem às religiões afro-brasileiras, Emicida é contra a redução maioridade penal e diz que o País precisa discutir educação. Também falou sobre a violência sexual contra mulheres: "A mulher é estuprada e a culpa é dela?"
Daniela Mercury abriu a edição de 2015 com uma homenagem ao axé que completa 30 anos. Ao lado da cantora Márcia Castro, lembrou os ataques às religiões afro-brasileiras dizendo que "precisamos valorizar a nossa ancestralidade"
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