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CIA tenta melhorar sua imagem na TV

Instituição acusada de falhar no combate ao terrorismo é tema de três novos seriados. A dois deles, deu até consultoria e apoio

Por Agencia Estado
Atualização:

Em baixa desde os ataques terroristas aos Estados Unidos, a Agência Central de Inteligência (CIA) é tema de três seriados de TV que entram em cartaz nas próximas semanas. Os programas, alguns dos mais aguardados da nova temporada da TV americana, estréiam com o selo de aprovação do órgão, que pela primeira vez cooperou com Hollywood e chegou a deixar que cenas fossem filmadas em sua sede. O objetivo é melhorar a imagem do órgão que vem sendo acusado de falhar no combate aos terroristas. Muito tempo antes de Osama bin Laden, a CIA resolveu que tinha de ganhar mais respeito do público americano. Cinco anos atrás, a instituição suspendeu sua política de negar ajuda a produtores de cinema e TV. O agente Chase Brandon, com 25 anos de carreira, passou a ser o "adido" da agência para Hollywood. Ele serviu como consultor de dois dos programas que entram no ar nas próximas semanas. The Agency, da emissora CBS, já foi descrito como uma versão CIA de The West Wing, o popular seriado sobre os bastidores da Casa Branca na NBC. Gil Bellows, ex-Ally McBeal (Fox), faz o papel de um agente secreto do alto escalão da agência. A nova série é considerada a que melhor retrata o trabalho do órgão, tanto que recebeu sua cooperação completa. Foram dados conselhos sobre protocolo e até o que seria feito em situações hipotéticas. O piloto do programa chegou a ser gravado em sua sede, em Langley, Virgínia. A CIA também cedeu pôsteres, bandeiras, selos, tudo com a imagem da instituição. A CBS garante que o distanciamento crítico e sua liberdade foram mantidos. Outro seriado que recebeu apoio é Alias, de J.J. Abrams, o criador de Felicity (WB). A série da ABC é sobre uma estudante (Jennifer Garner) contratada como agente secreta da CIA. O programa, que já foi descrito como "Felicity vira espiã", tem referências a histórias em quadrinhos e bebe na fonte do filmes como La Femme Nikita, de Luc Besson, e até Corra Lola Corra, de Tom Tykwer. O mais aguardado dos três seriados é o único que não teve nenhuma ajuda da CIA. 24, da Fox, tem Kiefer Sutherland como um agente secreto que pretende deter um assassinato político ao mesmo tempo em que tenta encontrar sua filha, que está desaparecida. O hype do programa é que a história é passada em tempo real. Cada episódio da temporada corresponde a 1 hora de ação em uma trama de 24 horas. Ou seja, toda a história será passada em apenas um dia. O programa é de Joel Surnow e Robert Cochran, fãs do escritor John Le Carré e roteiristas do seriado La Femme Nikita. Os ataques terroristas de 11 de setembro atrapalharam a estréia dos seriados. The Agency teve seu episódio de estréia engavetado porque tratava justamente de um atentado terrorista, uma bomba em um prédio em Londres. Outro episódio já gravado será exibido na estréia, no dia 27. 24, por sua vez, mostra a explosão de uma bomba em um avião. Segundo a Fox, a trama será mantida, até porque os 24 episódios desta temporada estão ligados à mesma história.

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