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"Chicago" terá montagem no Brasil

Musical que inspirou o grande vencedor do Oscar deve chegar a São Paulo no ano que vem, para uma temporada de dez meses, com Cláudia Raia no papel defendido no cinema por Catherine Zeta-Jones

Por Agencia Estado
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O diretor Jorge Takla viaja amanhã à noite para Nova York com uma única missão: acertar os detalhes finais para a vinda do musical Chicago a São Paulo, no início do próximo ano. Inspiradora do grande vencedor do Oscar, a comédia vai suceder a A Bela e a Fera, no Teatro Abril, a partir de março, consolidando a capital paulista na rota dos grandes musicais. "Depois de um musical leve e próprio para crianças, teremos outro mais adulto e sensual", comenta Takla que, como diretor da Divisão de Teatro da Corporação Interamericana de Entretenimento (CIE), promete mais um leque de atrações para este ano, inclusive produções nacionais, destacando-se a nova peça de Juca de Oliveira. Chicago ainda está em fase de pré-produção, mas Takla já tem sua atriz preferida para interpretar Velma Kelly, defendida no cinema por Catherine Zeta-Jones: Cláudia Raia. "Ela iniciou a carreira justamente em um musical, Chorus Line que eu dirigi, e hoje é uma atriz completa, pois dança, canta e sabe interpretar." Cláudia apresenta ainda uma qualidade indispensável para apresentações em musicais americanos: disciplina. "Mesmo dominando a técnica, ela jamais deixa de estudar e de se aprimorar." Os demais papéis principais, a aspirante ao sucesso Roxie Hart e o advogado de estrelas Fred Casely, também serão interpretados por atores conhecidos, ainda não definidos. Por tratar-se de um musical que envolve mais números de dança - portanto, mais exigente para o elenco -, Chicago deverá ter cinco sessões semanais, enquanto A Bela e a Fera tem hoje sete. Como ocorreu nas outras produções da CIE (empresa mexicana que opera no País desde 1999), haverá seleção de elenco acompanhada pelo diretor e pelo coreógrafo da montagem original. "Teremos também um workshop de dez dias só sobre a coreografia de Bob Fosse", anuncia Takla, que assistiu à montagem original de Chicago em 1975, dirigida por Fosse. "Era deslumbrante e com uma energia que falta na versão do cinema." Assim como em todas as montagens internacionais, a brasileira vai seguir fielmente a estrutura original, desde a confecção de cenários e figurinos até a adaptação das letras, a ser feita por um especialista, Cláudio Botelho: em nenhum momento a letra pode atropelar a melodia, que é rigorosamente a original. Chicago deverá ficar em cartaz apenas dez meses, período curto se comparado ao das outras montagens (A Bela e a Fera, por exemplo, vai cumprir um ano e meio). A explicação vem de uma ansiedade do público - desde que a CIE iniciou a série de versões nacionais de musicais com "Les Misérables", os produtores são cobrados pelos espectadores sobre a vinda de O Fantasma da Ópera, o espetáculo mais procurado pelos brasileiros em Nova York e Londres.

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