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Chega às lojas 2º álbum de Chico Teixeira

Por AE
Atualização:

O destino fez questão de levar Chico Teixeira para o mesmo caminho de seu pai. E ele aceitou, com gosto, a direção à qual a genética e a influência o levaram. Filho de Renato Teixeira, seria difícil que o violonista e compositor conseguisse escapar da viola. Afinal, com licença poética e tendo em vista o parentesco do rapaz, ele e a viola são quase irmãos.A familiaridade com o instrumento e com a música caipira trouxeram mais um fruto com o lançamento do segundo disco de Chico Teixeira, "Mais Que o Viajante", que acaba de chegar às prateleiras, pelo selo Ape Music. O seu primeiro trabalho, "Chico Teixeira", de 2002, mostrava um músico que ainda amadurecia neste caminho que o pai, Renato, tão bem conhece. No seu segundo álbum, aos 31 anos e pai de Antônio, de 5, Chico encontrou o seu som. Não perdeu as referências de música caipira que cresceu ouvindo, com as rodas de viola que eram realizadas em sua casa, com todos os amigos do pai e, sim, as incrementou com o folk americano, principalmente com o trovador Bob Dylan. Carrega, então, a bandeira do folk brasileiro. "O folk é isso, é a música do campo redefinida para chegar à cidade", explica o músico. "Cresci ouvindo muito isso: esta mistura de Eric Clapton e de Pena Branca e Xavantinho".O músico considera o primeiro disco, de 2002, uma grande descoberta. Era todo em voz e violão, com álbuns vendidos durante os shows. "Foi muito na raça", relembra. O que mudou a carreira de Chico foi o convite, no ano seguinte, para integrar a banda do pai. Dali em diante, ele se tornou um viajante. "Eu tinha 22 anos e passei a viajar pelo País inteiro. Acho que fiz uns 700 shows nesse tempo. Era um trabalho honesto. O momento, agora, é outro", diz.Família de músicos - Com boas linhas de violão e composições que ficam entre o velho e o novo, Chico Teixeira apresenta uma proposta interessante em "Mais Que o Viajante". Seu timbre é assustadoramente semelhante ao seu progenitor. Na bela "Pai e Filho", a segunda faixa do álbum, é possível confundir as vozes. Trata-se de uma versão de pai e filho para "Father and Son", de Cat Stevens. Renato também participa de "Curvelo".O disco é autoral, com exceção de "Mochileira" (Geraldo Roca), que tem a participação de Dominguinhos, e "Saudade Danada" (Elpideo dos Santos e Osnir Perdigão). Em outros casos, Chico divide a autoria das canções, como é o caso da bela "Sonhos de Aço", resultado de parceria com Gabriel Sater, filho de Almir Sater. É quase como uma comemoração ao destino escolhido por essa segunda geração de violeiros. As informações são do Jornal da Tarde.

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