Claro! Muito espertos eles. Rir deles, depois que já estão eleitos, tudo bem, mas quando ainda correm o risco de não fazer parte da mamatinha, aí não! Hoje, a lei que prevalece é a que permite que se faça humor com qualquer candidato a qualquer hora. Ponto. Então, por que é que tiraram o vídeo do ar? Um vídeo de humor é uma opinião. Tão forte e importante como outra qualquer. Uma análise do Jabor, um comentário da Miriam Leitão tem tanta força quanto uma charge brilhante do Laerte ou do Jean.
Despertar a atenção do público para determinado assunto é importantíssimo para a nossa democracia. Se, na minha opinião, o Garotinho é o pior candidato possível para o cargo de governador do estado (ou de bedel de uma escola, ou de pipoqueiro da praça, ou de frentista de posto, ou de etc, etc, etc...), eu posso expor, sim, a minha opinião da forma que eu achar mais adequada para me fazer entender. Se a comédia foi a forma que eu escolhi, a comédia tem que ser respeitada. As pessoas têm total discernimento para entender o que o vídeo quer dizer e podem concordar ou não. O nosso canal na internet é de humor e é reconhecido por isso. Os nossos esquetes são o nosso ponto de vista sobre determinado assunto. Não permitir que eu me expresse desse, ou de qualquer outro jeito, é censura. Ponto.
E censura não pode, né TRE? Ou será que dependendo do candidato e da força que ele tenha por aí, pode? Será que o nosso vídeo foi tirado do ar por isso? Por que o Garotinho tem uns esquemas? Medo. Quem gera a possibilidade de humor são eles mesmos. Entenda, só rimos daquilo que reconhecemos. E o que conhecemos a respeito do Garotinho? Que ele é uma pessoa boa, responsável e correta? Pois é, se botássemos o Garotinho como um bom candidato, não teríamos piada. A não ser pela inversão de expectativa. Não podemos rir dos políticos, mas eles podem rir da nossa cara, é isso mesmo, TRE? Saiba que estamos rindo pra não chorar! Ou pior, não estamos nem mais conseguindo rir, porque vocês não deixam.