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CCBB exibe fotografias históricas e glamourosas

No Rio, CCBB abre Do Olhar Inquieto, Portraits of Stars e Retratos Estrangeiros, que registram várias épocas, países e estrelas do cinema

Por Agencia Estado
Atualização:

A partir de hoje o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) antecipa a FotoRio 2005, que começa em maio, com Fotografia - Suporte da Memória e Instrumento da Fantasia , que traz três mostras aparentemente díspares, mas que, segundo o curador, Milton Guran, professor da Universidade Cândido Mendes, evidenciam a presença desse registro em nosso cotidiano. "As três exposições abordam essa questão e foram antecipadas porque foi a data que o CCBB nos ofereceu." Do Olhar Inquieto vem do Centro Português de Fotografia, órgão estatal que guarda uma das maiores coleções do mundo, originária de países e épocas diferentes. Portraits of Stars tem parte do acervo da Maison Européene de la Photographie. São retratos de estrelas do show biz internacional, que ajudaram a vender suas imagens. São todos posados e feitos com fins publicitários. A terceira mostra, Retratos Estrangeiros, é um recorte dado à Coleção Thereza Christina Maria, doada à Biblioteca Nacional pelo imperador d. Pedro II, seu marido. São retratos tirados no Brasil e no exterior, por fotógrafos itinerantes que depois os vendiam a etnógrafos ou como cartões-postais exóticos e selecionados pelo responsável por toda a coleção, Joaquim Marçal. A mais atrativa, sem dúvida, é Portraits of Stars, com estrelas planetárias como Brigitte Bardot, Catherine Deneuve, Jean Gabin e Marlene Dietrich em seu apogeu, clicados pelos profissionais que criaram essa linguagem, como Walter Carone, Alice Springs e Marcel Carné. "É uma mostra inédita, reunida especialmente para o Brasil e por isso muitos astros e fotógrafos importantes para os franceses ficaram de fora", conta Guran. "Já a coleção portuguesa é um exemplo do bom uso do dinheiro público." Retratos Estrangeiros tem instantâneos produzidos entre 1860 e 1880, quando a fotografia se tornava um bem de consumo e as ciências sociais nasciam. "Ambas se desenvolveram no fim do século 19 e a fotografia sempre foi um instrumento da etnografia. Registrava-se o que era diverso, mas é difícil saber se a intenção do fotógrafo era comercial, já que as fotos eram vendidas como cartão-postal, ou científica. Certamente seriam as duas", diz. Fotografia - Suporte da Memória e Instrumento da Fantasia - Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro. Informações pelo telefone (21) 3808-2020. Até 26/06

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