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CCBB anuncia atrações de 2002

Ao todo, foram investidos R$ 32,5 milhões em atividades no Rio, São Paulo e Brasília. Destes, R$ 7,5 milhões estão previstos por meio de parcerias

Por Agencia Estado
Atualização:

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) anunciou a sua programação de 2002 para São Paulo e Rio de Janeiro nas áreas de artes plásticas, artes cênicas, música, cinema e vídeo, idéias e educativo. Segundo o diretor de Marketing do banco, Renato Naegele, um montante de R$ 32,5 milhões foi investido nas atividades que englobam tanto as duas cidades quanto Brasília. O CCBB do Rio fica com a maior parte da verba cultural, R$ 8,5 milhões, seguido pelo de São Paulo (R$ 7 5 milhões) e Brasília (R$ 5 milhões); R$ 4 milhões vão para os circuitos culturais, programas de quatro a dez dias, que visitaram 25 cidades em 2001. "Estão previstas ainda parcerias de patrocínio, que podem trazer mais R$ 7,5 milhões para esse orçamento, o que perfaz R$ 32,5 milhões", informou Naegele. O CCBB de São Paulo completa em abril seu primeiro aniversário e, por isso, já há novas propostas além da programação. Uma delas é tornar as atividades do entorno permanentes, ou seja, utilizar o calçadão todas as sextas-feiras e domingos para se fazer arte. As outras propostas são promover oficinas de criação nos fins de semana voltadas a crianças, uma série de bate-papos com adolescentes e ampliar o Dança em Pauta para duas vezes por mês. Além disso, o CCBB vai fazer parte de mostras de cinema como o É Tudo Verdade, o Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo e o Mix Brasil. Já em relação à programação, foram recebidos 819 projetos e 71 foram selecionados. Em março, a programação será temática e voltada para a mulher. Nas artes cênicas, haverá o espetáculo Encontro com Fernanda Montenegro, com a presença da atriz. No cinema, será promovido um ciclo em homenagem a Leila Diniz e na música o projeto Flores de Aço apresenta shows de Mônica Salmaso, Ná Ozetti, Bad Assad e Rosa Passos. Nas artes plásticas, a artista Laura Vinci faz instalações especiais para o CCBB. Além da programação temática de março, há outros destaques em cada uma das áreas. Nas artes plásticas, o CCBB abrigará a exposição de fotografias de Hiroshi Sugimoto, a mostra itinerante A Ótica do Invisível - Lúcio Fontana, que atualmente está no Rio, a exposição de arte popular, que contará com obras de Heitor dos Prazeres, Ranchinho, entre outros, e a mostra de gravuras de Rembrandt. Nas artes cênicas, o destaque é o musical Elis, a Estrela do Brasil, com direção de Diogo Vilela que conta a vida da cantora, mas há também as peças Sobre o Amor e a Amizade, de Caio Fernando de Abreu, A Ponte e a Água de Piscina, com direção de Gabriel Villela, e o espetáculo Barroco, de Marcelo Fagerlande e Alberto Renault. No cinema, além de participar dos festivais, o CCBB fará uma retrospectiva completa de João Batista de Andrade e uma mostra sobre os 80 anos de Ozualdo Candeias. Na música, haverá a itinerante Gonzagão, 90 Anos, Astor Piazzola e o projeto A Guerra dos Românticos, que trará concertos das obras de Schumann, Brahms, Liszt e Wagner. Na área de idéias, será realizado um ciclo de debates sobre o construtivismo russo e, no educativo, um projeto de formação de platéias em música. Como alguns projetos são itinerantes, eles se repetem nas três cidades. O CCBB do Rio recebeu 396 propostas e selecionou 54. Entre seus destaques estão os 20 anos da morte de Elis Regina, os 90 de nascimento de Gonzaga e os centenários do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e dos sambistas Bide, Armando Marçal e Carlos Cachaça. Além deles, o compositor Ismael Silva e o cineasta Julio Bressane estão na pauta de eventos. Nas artes plásticas, o ano começa com a mostra Paris 1900, com o acervo do museu Petit Palais, da prefeitura de Paris especializado em belle époque. Da Europa vem também a exposição Gráfica Utópica, com a produção russa das primeiras quatro décadas do século 20. Entre os artistas brasileiros, Jac Leirner e Beatriz Milhazes terão retrospectiva. O musical Elis, Estrela do Brasil, dirigido por Diogo Vilela abre, em janeiro, a programação de teatro, que terá ainda a remontagem de dois clássicos assinados por diretores consagrados, Casa de Bonecas, de Ibsen, dirigida por Bia Lessa e traduzida por Adriana Falcão, e Longa Jornada Noite adentro, de Eugene O´Neill, dirigida por Naum Alves de Souza. Enrique Diaz dirigirá A Paixão Segundo G.H., adaptação de Fauzi Arap para o livro de Clarice Lispector, e Monique Gardenberg (a criadora do Free Jazz) estreará como diretora de teatro, com Os Sete Afluentes do Rio Ota. Em cinema, há poucas novidades: um ciclo de cinema russo, em fevereiro, outro com produções alternativas, em março, e um terceiro de filmes engajados, em agosto. Bressane terá uma mostra individual, com 38 filmes, três deles restaurados para a exibição, tal como já ocorreu com Walter Lima Jr. e Arthur Omar. O historiador Sérgio Buarque de Hollanda terá ciclo de palestras em abril, mas a maior variedade de temas aparece no item música: no dia 2, os sambistas Bide, Marçal, Carlos Cachaça e Ismael Silva serão lembrados em uma série de shows. A projeção de público do CCBB carioca para 2001 é de 2,2 milhões de pessoas (em 2000 foi 1,8 milhão), número alavancado pela mostra Surrealismo que levou 740 mil pessoas ao prédio do centro do Rio. No entanto, não está prevista nenhuma exposição desse porte para 2002.

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