25 de abril de 2012 | 10h48
Texto atualizado às 16h18
ASTANA, CAZAQUISTÃO - O governo do Cazaquistão agradeceu ao ator e humorista Sacha Baron Cohen, por seu personagem Borat, que teria estimulado o turismo ao país centro-asiático. Quando o filme Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América foi lançado, em 2006, o longa metragem foi proibido no Cazaquistão pelas autoridades locais, que ameaçaram ainda processar o humorista.
Veja também:
Paródia de Borat substitui o hino do Cazaquistão
Mas agora o ministro das Relações Exteriores do país diz estar ''grato'' a Borat por ter ''ajudado a atrair turistas'' ao país. Segundo o ministro Yerzhan Kazykhanov, o número de vistos solicitados por potenciais turistas ao país aumentou em dez vezes.
O filme acompanha os passos do repórter Borat Sadiyev, representado por Cohen, em sua viagem aos Estados Unidos, onde ele busca sua musa, a atriz Pamela Anderson.
Censura
Apesar de a produção ter sido rodada na Romênia, autoridades acharam que o filme retratava o Cazaquistão como sendo um país racista, machista e primitivo. Borat, o protagonista, se vangloriava de cometer incesto e estupros. E também dizia que a ex-nação soviética contava com as prostitutas mais limpas do mundo.
O governo chegou a proibir a venda do DVD de Borat e bloqueou o acesso de internautas ao site do filme.
No mês passado, o Cazaquistão fez um protesto formal ao Comitê Olímpico Asiático após uma gafe cometida pelos organizadores de um evento esportivo no Kuwait. Na cerimônia de entrega de uma medalha a uma atleta cazaque, em vez de tocarem o hino oficial do país, executaram o hino "falso", que aparece no filme Borat.
Em um encontro com políticos na última segunda-feira, o chanceler cazaque afirmou: "Com o lançamento do filme, o número de vistos expedidos pelo Cazaquistão cresceu dez vezes. Sou grato a Borat por ter ajudado a atrair turistas ao Cazaquistão''.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.