Casos bizarros de Michael Jackson crescem após sua morte

PUBLICIDADE

Por JILL SERJEANT
Atualização:

Michael Jackson era bizarro em vida, mas seus assuntos pessoais complexos estão enveredando por caminhos ainda mais estranhos após sua morte, com relatos na terça-feira questionando a paternidade de seus filhos e o que teria causado sua morte precoce. Após cinco dias em que as televisões vêm repassando os sucessos mais famosos dele e transmitindo homenagens emotivas a sua genialidade musical, as atenções vêm se voltando ao lado mais escuro do cantor de "Thriller". O site de celebridades TMZ.com, o primeiro a noticiar a morte de Jackson, divulgou que o artista não era o pai biológico de seus três filhos e que sua ex-mulher, Debbie Rowe, não é a mãe genética das crianças. Citando fontes múltiplas mas não identificadas, o TMZ disse que os três filhos foram concebidos "in vitro", mas que não foram usados nem os espermatozóides de Jackson, nem os óvulos de Rowe. Rowe foi citada como tendo dito em 2004 que Michael Jackson não era o pai biológico de Michael Jr., 12 anos, e Paris, 11, mas supunha-se que ela fosse a mãe biológica dos dois. O terceiro filho, Prince Michael II, nasceu em 2002, e a identidade de sua mãe de aluguel nunca foi conhecida. Os advogados de Debbie Rowe não retornaram telefonemas pedindo que ela desse declarações. A revista de celebridades Us disse que o pai biológico de Michael Jr. e Paris seria o dermatologista de Jackson, para quem Rowe trabalhou no passado. Nenhuma das afirmações pôde ser confirmada pela sucessão de agentes, advogados e porta-vozes que afirmaram ter falado em nome de Jackson e sua família ao longo de sua carreira e que voltaram à tona desde a morte dele, em 25 de junho, aos 50 anos de idade. A questão da paternidade é importante porque as três crianças devem herdar uma parte do espólio do popstar, que se acredita ser de muitos milhões de dólares. A pessoa que tiver a guarda das três crianças terá o controle do dinheiro. A mãe de Michael Jackson, Katherine, ganhou na segunda-feira a guarda temporária das crianças e o controle de sua herança, até uma audiência marcada para 6 de julho. Apesar de sua longa carreira, Michael Jackson, fora dos palcos, vivia em grande medida como recluso. Ele dependia de uma série de assessores, que mudavam sempre, para afastar os curiosos interessados em saber mais sobre seus dois casamentos de curta duração, seus relacionamentos controversos com meninos e as mudanças na sua aparência física - coisas que levaram a mídia britânica a apelidá-lo de "Wacko Jacko" (Jacko Maluco) cerca de 15 anos atrás. "Este é um assunto que vai durar, se desenvolver e crescer ao longo do próximo ano", disse na terça-feira o editor da TMZ Harvey Levin. Na ausência de um porta-voz principal, as informações sobre a cerimônia de despedida de Jackson saíram aos poucos e separadamente na terça-feira, com fontes conflitantes falando de um velório público no rancho Neverland Valley, que Jackson tinha na Califórnia central, na sexta-feira ou sábado, ou possivelmente nos dois dias. Ainda não foi determinada a causa de sua morte. Os resultados dos exames toxicológicos são aguardados para dentro de quatro a seis semanas, mas sobram especulações de que a morte de Jackson será atribuída a seu consumo de medicamentos receitados. Os relatos da mídia vêm focando sua alegada dependência de analgésicos, antidepressivos e ansiolíticos. Consta que a polícia teria retirado provas médicas e grande quantidade de medicamentos da casa alugada na qual Jackson estava vivendo em Los Angeles.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.